Rupert Murdoch celebrou a aquisição do Wall Street Journal com um anúncio publicado em jornais em todo o mundo – o que lhe custou US$ 2 milhões. A News Corporation, empresa de Murdoch, lançou na semana passada uma campanha global que conta, em três páginas, a história de aquisições do grupo desde 1954, com o jornal Adelaide News, até a compra da Dow Jones por US$ 5 bilhões, concluída oficialmente na quinta-feira (13/12).
Cada compra contém uma citação prevendo o fracasso de Murdoch. Entre elas, estão a de que ele faliria em um ano com o Adelaide News e a de que ninguém leria o tablóide Sun, hoje com tiragem de 600 mil exemplares diários. No fim, sobre a mais recente aquisição, é dito que ‘o WSJ não será mais o mesmo. E isto é uma promessa’.
Recusas
O anúncio relatava também a importância da conclusão da compra da Dow Jones pela News Corp. ‘Hoje, a grande marca em jornalismo econômico junta-se à maior empresa de mídia internacional. A tradição da excelência editorial da Dow Jones e do WSJ se fundem ao espírito visionário da News Corporation. Juntos, vamos levar a vocês os assuntos que definem nosso tempo e moldam nosso futuro’.
O Financial Times, maior rival do WSJ no setor financeiro, recusou-se a publicar a propaganda. ‘Recusamos [a peça], mas podemos reconsiderar nossa decisão se eles colocarem informações mais substanciais’, afirmou um porta-voz do FT. O chinês People’s Daily também não publicou o anúncio. Já jornais britânicos como Guardian e Daily Telegraph e americanos como o New York Times, Washington Post e Los Angeles Times divulgaram a propaganda. Informações de Stephen Book [The Guardian, 13/12/07].