O primeiro-ministro do Kuait, Sheik Sabah al-Ahmed, reuniu-se com editores-chefes de sete jornais diários do país, na semana passada, para anunciar novas regras na relação entre governo e imprensa. A partir de agora, segundo ele, jornais que publicarem informações sobre investigações em andamento de suspeitos de práticas terroristas ou qualquer informação de segurança não-autorizada poderão ser suspensos ou fechados. Pela lei de imprensa do país, datada de 1961, o governo tem este poder.
‘O que um jornalista considera um furo pode pôr em perigo a segurança de oficiais envolvidos em investigações e ajudar criminosos em fuga’, afirmou ele, em citação publicada do diário al-Rai al-Aam. Muitos dos jornais privados do Kuait já publicaram reportagens sobre investigações e batidas policiais sem identificar suas fontes. Em algumas destas matérias, eram mencionados nomes de agentes de segurança e detalhes das investigações.
Em um esforço para combater os militantes, o governo está monitorando sítios de internet que encorajam intolerância e confiscando livros de conteúdo agressivo em mesquitas. A emissora de TV estatal do país tem transmitido entrevistas com clérigos muçulmanos condenando a violência. Além disso, mesquitas sem licença serão fechadas, e textos que estimulam a intolerância serão retirados dos livros escolares. Informações da AP [8/2/05].