O The New York Times desligou a atualização automática da sua principal conta do Twitter esta semana, em uma experiência para determinar se uma interatividade humana é mais eficiente com os usuários. As editoras de mídias sociais Liz Heron e Lexi Mainland estão se revezando para administrar a conta @nytimes durante o horário comercial, escolhendo os assuntos, escrevendo os tweets e interagindo com os leitores.
No modelo anterior, havia atualização automática das manchetes com links para as matérias e contribuições ocasionais de Liz e Lexi. “Vamos mudar a alimentação esta semana, para ser um processo mais estratégico sobre o que colocamos lá – vamos buscar por conteúdo que engaje mais o leitor”, contou Liz.
Ao chamar a iniciativa de “experiência”, o NYTimes quer dizer que o resultado ainda é incerto e, na opinião de Jeff Sonderman [Poynter, 24/5/2011], um esforço da equipe de mídias sociais para provar ao restante da redação que a conta principal do diário no Twitter precisa de fontes adicionais para manter um toque mais pessoal e humano.
Humanos vs. robôs
Segundo Zach Seward, principal voz por trás do Twitter do The Wall Street Journal, @WSJ, a administração humana de uma conta de Twitter é, sem dúvida, a melhor escolha. A conta @WSJ está sendo administrada por pessoas desde janeiro de 2010. “As métricas aumentaram consideravelmente e quase que imediatamente após a mudança da atualização automática para a humana”, afirmou.
A equipe de mídias sociais do NYTtimes é composta por Liz, Lexi e Sasha Koren, vice-editora de notícias interativas para mídias sociais e comunidade. Portanto, com uma equipe reduzida, não havia como deixar alguém em tempo integral na administração do Twitter. Sasha também está envolvida em outros projetos interativos e de redes. Já Liz e Lexi monitoram as notícias do dia nas plataformas de mídias sociais, fazem treinamentos e trabalham para integrar as mídias sociais com os grandes projetos do jornal. Se a experiência se tornar definitiva, será necessária uma equipe específica para a conta do Twitter.
Facebook a caminho
As redes sociais são, agora, tão fundamentais para as notícias online que as organizações não podem poupar esforços e investimentos. O NYTimes, por exemplo, tem 3,2 milhões de seguidores no Twitter. Já o Facebook ainda não foi bem explorado peloNYTimes.
O Mashable listou oito lições a serem aprendidas, tais como pedir a equipe, parceiros e clientes para curtirem a página; perguntar muito, para ter feedback e aparecer na timeline dos fãs; compartilhar muitas fotos e pedir para que as compartilhem; encontrar fontes para responder às questões de seus fãs; se estiver em algum lugar fixo, usar a ferramenta de localização; conhecer bem a audiência e, quando cometer um erro, corrigi-lo rapidamente; integrar o Facebook a seu site; e encontrar sinergia com outras organizações e entidades, de modo a promover as páginas de cada um. Com informações de Sarah Marshall [Journalism.co.uk, 25/5/11].