Sunday, 17 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

NSA: Coleta de dados ajudou a frustrar dezenas de planos terroristas

Membros da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) afirmaram nesta terça-feira [18/6], em depoimento ao Comitê de Inteligência da Câmara, que os programas de vigilância do governo já ajudaram a evitar atividades terroristas mais de 50 vezes desde os ataques de 11 de setembro de 2001 – 10 delas tendo os EUA como alvo.

“Nos últimos anos, estes programas, junto com outros serviços de inteligência, protegeram os EUA e nossos aliados de ameaças terroristas em todo o globo”, afirmou o general Keith Alexander, diretor da NSA. Foram citados dois casos específicos: um plano para explodir a Bolsa de Valores de Nova York e um caso envolvendo uma pessoa que dava apoio financeiro a um grupo terrorista no exterior.

Os jornais The Guardian e Washington Post revelaram, nas últimas semanas, que o governo americano teria coletado secretamente registros telefônicos e dados online de cidadãos americanos e estrangeiros nos últimos anos. As informações sigilosas foram vazadas por um prestador de serviços da NSA, Edward Snowden, que está foragido.

Para o governo, segurança em risco

A revelação do amplo esquema de vigilância armado pelo governo em nome da guerra contra o terror provocou debates acalorados e questionamentos sobre qual o limite entre a segurança e o respeito à privacidade dos cidadãos. O presidente Barack Obama chegou a dizer que não é possível que se tenha “100% de segurança e 100% de privacidade com zero inconveniente”. O governo já havia sido criticado depois que se descobriu que o Departamento de Justiça monitorou ligações telefônicas de jornalistas da agência de notícias Associated Press.

O general Alexander afirmou que o vazamento de informações sobre o programa de vigilância irá afetar – ainda não se sabe quanto – a segurança nacional. Ele alegou que, se o programa existisse antes dos ataques de 11/9, a inteligência dos EUA teria tomado conhecimento de que um dos sequestradores dos aviões estava em San Diego e se comunicava com uma conhecida acomodação de apoio da al-Qaeda no Iêmen.