Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

ONG britânica combate sítios que estimulam anorexia

A organização britânica Eating Disorders Association (Associação de Distúrbios Alimentares) divulgou um alerta contra sítios de internet que promovem a anorexia e a bulimia como um estilo de vida, e não como doenças. O aumento de páginas pró-anorexia e pró-bulimia que se apresentam como redes de ajuda – mas ao mesmo tempo oferecem dicas de como ficar cada vez mais magra – é preocupante, afirma o chefe de comunicações da EDA, Steve Bloomfield. ‘O perigo destes sítios é que, normalmente, pessoas jovens com distúrbios alimentares não entendem o que está acontecendo com elas’, diz.

O maior perigo é que quem constrói estes sítios não costuma ter idéia das terríveis complicações médicas que podem ocorrer caso as pessoas doentes resistam ao tratamento, completa Bloomfield. Há riscos de não se poder ter filhos e de desenvolver osteoporose, entre outros problemas de saúde. ‘Cerca de uma em cada cinco pessoas que não recebe tratamento adequado morre prematuramente, então [quem cria estas páginas] está literalmente matando pessoas’, diz. ‘Nós já vimos pesquisas americanas que identificaram que pessoas que costumam acessar estes sítios são mais resistentes a procurar ajuda e tratamento’.

Problema comum

Segundo a professora Janet Treasure, chefe do serviço de distúrbios alimentares do King’s College, em Londres, de cinco a 10% das mulheres inglesas entre 14 e 24 anos sofrem de algum tipo de distúrbio alimentar.

No Brasil, uma adolescente de 14 anos morreu no último sábado (6/1) em decorrência da anorexia. Internada há quase um mês no Rio de Janeiro, Maiara Galvão Vieira media 1,70m e pesava 38 quilos. Este é o quarto caso de morte por complicações causadas por distúrbios alimentares noticiado no país nos últimos dois meses. Com informações da Reuters [6/1/07].