Leia abaixo a seleção de quarta-feira para a seção Entre Aspas. ************ Folha de S. Paulo Quarta-feira, 8 de dezembro de 2010 REGULAÇÃO Oposição critica agência para regular conteúdo da mídia A criação pelo governo de uma agência para regular o conteúdo divulgado pelo setor de rádio e televisão recebeu o apoio do PT e críticas da oposição e de setores da sociedade civil. A Folha revelou ontem que a primeira versão da minuta do projeto de lei que vem sendo elaborado pelo governo para regular o setor de radiodifusão e telecomunicação prevê a criação da ANC (Agência Nacional de Comunicação), voltada a avaliar o conteúdo exibido por esses veículos. Caberá a essa agência avaliar o conteúdo veiculado pelas emissoras de rádio e TV e aplicar sanções, inclusive pecuniária, se considerar a programação inadequada. O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcanti, disse que ‘já há mecanismos na Constituição para determinar que, se houver excessos, abusos, a Justiça pode determinar providências, inclusive reparação indenizatória’. Na avaliação de Cavalcanti, a iniciativa ‘não irá encontrar ambiente no Congresso’. Para ele, essa proposta ‘advém de um governo que ainda não se acostumou com o debate, com a dialética e, sobretudo, com o papel fiscalizatório que a imprensa tem em favor da sociedade’. O diretor da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Roberto Antonik, afirmou ontem que teme, com a possível criação da agência, o controle de conteúdo jornalístico e a supressão da liberdade de expressão. Ele defendeu o conjunto das leis que regem as telecomunicações do país, muitas vezes taxadas de anacrônicas, e afirmou que o setor já está ‘hiper-regulado’. A oposição também criticou: ‘Isso é uma coisa sempre muito perigosa e descamba para a censura’, disse o deputado João Almeida (BA), líder do PSDB na Câmara. O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), fez coro: ‘Esse governo tem um cacoete pelo cerceamento da liberdade de imprensa’. Já o líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PT-PE), defendeu a discussão sobre a criação de uma nova agência, que conviveria com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicação), criada no governo Fernando Henrique e voltada a questões técnicas. ‘O que não pode é interditar o assunto.’ Para Roberto Muylaert, presidente da Associação Nacional dos Editores de Revistas e ministro-chefe da Secretaria da Comunicação Social (no governo FHC), a iniciativa é ‘estranha’. Muylaert afirma que os termos da proposta, ‘muito vagos’, deixam espaço a muitas interpretações, inclusive à possibilidade ‘inaceitável de controle de conteúdo’. No entanto, diz ele, o projeto tem um ponto positivo: a proibição de que políticos com mandatos sejam concessionários de rádio e TV. Fernando Gallo PT-SP discute criar Conselho de Comunicação O PT-SP faz audiência pública na Assembleia Legislativa hoje para discutir projeto de resolução de Antonio Mentor, líder do partido na Casa, que cria o Conselho Estadual de Comunicação. De acordo com o texto, o órgão seria deliberativo e ficaria responsável, entre outras coisas, por ‘fiscalizar’, ‘avaliar’ e ‘propor’ políticas estaduais de comunicação. O projeto prevê a ‘denúncia’ de rádios e TVs ao Ministério das Comunicações e à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) ‘quando alguma emissora […] desrespeitar a legislação, tudo nos conformes da Constituição’. O conselho segue várias das propostas aprovadas pela Confecom (Conferência Nacional de Comunicação), organizada pelo governo federal no ano passado. Como o governo de São Paulo não organizou a rodada estadual da Confecom -na contramão de outros Estados-, a Assembleia se encarregou de fazê-lo. Integrantes da oposição contam que entidades participantes pressionaram deputados pela elaboração de projetos. Como Mentor, Edmir Chedid (DEM) apresentou proposta com teor similar. ‘O projeto não estabelece censura, mas a democratização do acesso da sociedade aos meios de comunicação’, afirma Mentor. Para Rodolfo Moura, diretor de assuntos legais da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), os Estados não podem tratar desse tema. ‘Há um vício formal de inconstitucionalidade. O artigo 22 da Constituição diz que radiodifusão e telecomunicações só podem ser legisladas pela União. Logo, o único órgão que pode legislar sobre isso é o Congresso.’ ‘Quanto ao mérito, esses projetos estaduais que criam conselhos de comunicação podem permitir uma leitura no sentido de haver embaraço à mídia’, completa. TODA MÍDIA Nelson de Sá Os tentáculos Na manchete do site Opera Mundi, ontem no UOL, ‘Julian Assange: ‘é fascinante ver tentáculos da elite americana corrupta’. Falando à jornalista Natalia Viana, que escreve as reportagens sobre Brasil no site do WikiLeaks, em entrevista na segunda quando ele ‘se preparava para se apresentar à polícia britânica’, Assange disse que ‘são muitas acusações’ e ‘a mais séria é que praticamos espionagem’, o que ‘é falso’. Também ‘a alegação de estupro é falsa’ e o caso só ‘foi reaberto após uma articulação política’. Sobre as pressões financeiras, descreveu como ‘os ‘tentáculos’ e falou que ‘observar essa reação é tão importante quanto o material que publicamos’. Citou Amazon e PayPal. Depois vieram Visa e MasterCard. ASSANGE & MURDOCH No site e na edição de hoje do ‘The Australian’, de Rupert Murdoch, ‘Não mate o mensageiro por revelar verdades desconfortáveis’, assinado por Assange, ‘editor-chefe do WikiLeaks’ //’PERSON OF THE YEAR’ Sufocado por provedores e instituições financeiras, o WikiLeaks ganha apoio aqui e ali na mídia liberal, caso da ‘Atlantic’. Ontem o conservador Drudge Report também saiu a campo, com manchete o dia todo para questionar a Justiça sueca, ‘Assange preso: ‘Ele não usou camisinha’. Linkou reportagem do ‘Daily Mail’ que concluiu que, ‘quanto mais se aprende do caso, mais as alegações não soam verdadeiras’. Drudge deu também, citando fontes, que ‘os editores da ‘Time’ vão escolher Assange como Pessoa do Ano’. ‘NYT’ também Joe Liberman, senador que vem pressionando empresas que dão suporte ao WikiLeaks, afirmou à Fox News que os procuradores americanos têm de investigar os jornais que vêm publicando o vazamento, por ‘traição’. Citou o ‘New York Times’. Novilíngua Michael Calderone, que cobre mídia no Yahoo News, deu que Associated Press e NBC seguem o Departamento de Estado e já não descrevem o WikiLeaks ‘positivamente’ como fonte ou vazador (whistle-blower). Antes, já evitavam ‘organização de mídia’. //DILMA MUDA A ‘Foreign Policy’ saudou, em texto de Colum Lynch, correspondente do ‘Washington Post’, que ‘Vem aí a mudança do Brasil sobre direitos humanos’. Referia-se à entrevista dada por Dilma Rousseff ao ‘WP’, criticando a abstenção do Brasil na recente votação da ONU sobre os direitos humanos no Irã. E o ‘NYT’, sobre a cerimônia do Nobel da Paz concedido ao dissidente chinês Liu Xiabao, ressaltou que 19 países já recusaram o convite, inclusive Arábia Saudita e Egito, aliados dos EUA. Por outra parte, confirmaram presença o Brasil e diversas democracias emergentes -como Índia, Indonésia e África do Sul. Kyoto continua? A ‘Economist’ deu manchete on-line para as negociações em Cancún, sublinhando o confronto entre emergentes e desenvolvidos sobre a extensão do Protocolo de Kyoto. Anota que a brasileira Izabella Teixeira e o britânico Chris Huhne foram incumbidos de chegar a acordo. Mas vê pouca esperança. E o dinheiro? No ‘Guardian’, o indiano Jairam Ramesh, que ‘falou em nome de China, Índia, África do Sul e Brasil’, acusou os países desenvolvidos, EUA à frente, de não cumprirem a promessa feita em Copenhague de passar US$ 30 bilhões em apoio para ações ambientais. Nos EUA, republicanos já prometeram vetar. SUPER-GISELE O ‘NYT’ postou longa entrevista com Gisele Bundchen sobre a animação ambientalista ‘Gisele & the Green Team’, produzida para a internet. Ela diz amar desenhos como ‘She-Ra’ e ‘Scooby-Doo’ //PETRÓLEO A US$ 100? O ‘Financial Times’ destacou que, pela primeira vez em dois anos, o mercado de petróleo enfrenta um ‘choque de demanda’ e as previsões já apontam que o barril deve voltar a passar de US$ 100 no ano que vem. A demanda se deve sobretudo ao ‘forte crescimento de China, Índia, Brasil, Oriente Médio e outros emergentes’, mas também à Alemanha e até aos EUA. ASSANGE Vaguinaldo Marinheiro Dono do WikiLeaks se entrega à polícia Procurado pela polícia internacional desde o dia 20 de novembro, o criador do WikiLeaks, Julian Assange, se apresentou à polícia em Londres, foi ouvido por um juiz, teve negado seu pedido de liberdade e ficará preso pelo menos até o dia 14. O site emitiu comunicado prometendo prosseguir com o vazamento de documentos. Contra Assange há um pedido de extradição da Suécia, onde é acusado de molestar sexualmente uma mulher e estuprar outra em agosto. São identificadas como mulher A e mulher W, devido às leis suecas que vedam divulgar supostas vítimas em casos de abuso sexual. Uma diz que foi ‘atacada’ enquanto dormia em sua casa em Estocolmo. A outra, que primeiro concordou com a relação, mas que desistiu quando Assange disse que não tinha preservativo. Segundo o depoimento dela, ele então usou o peso de seu corpo para forçar a penetração. Quatro dias depois, teria tentado mais uma vez uma relação forçada. Assange nega as acusações. Diz que tudo foi consensual, mas admite que não usou preservativo. Para ele, tudo é motivado pelo governo dos EUA, que quer intimidá-lo por estar contrariado com a divulgação de documentos diplomáticos secretos. BATALHA JURÍDICA O juiz perguntou a Assange se ele sabia do processo e se concordava com a extradição. Ele disse que não, que pretende ficar no Reino Unido e que teme que não haja julgamento justo na Suécia. Foi aberto, então, o processo de extradição, que pode demorar meses para ser concluído. Alguns especialistas falam em dez semanas, outros acreditam em mais, devido a possíveis recursos. Os advogados pediram que Assange aguardasse a conclusão do processo em liberdade, o que foi negado. O juiz aceitou o argumento sueco de que Julian Assange não tem residência fixa e poderia facilmente fugir. O próprio Assange não ajudou sua causa. Quando pediram seu endereço, deu o número de uma caixa postal. Perguntaram de novo. Ele disse: ‘Você quer essa informação para correspondência ou alguma outra razão?’ Depois, deu um endereço na Austrália, país onde nasceu. Mark Stephens, um de seus advogados, minimizou a decisão. Disse que não podia ser vista como derrota porque são raras as vezes em que juízes aceitam a liberação na primeira audição. Ele ainda irá decidir se recorre na mesma instância ou na Suprema Corte do país. Stephens voltou a afirmar ter muito medo da influência política nesse caso. ‘Primeiro, a promotoria sueca disse que não havia elementos para um processo. Depois, com as mesmas alegações, reabriu o caso e pediu a prisão.’ Segundo ele, seu cliente tentou sem sucesso ter acesso às acusações. ‘Não é necessária uma extradição. Se querem falar com Julian Assange, ele pode ser ouvido aqui mesmo.’ A promotora Marianne Ny, responsável pelo caso na Suécia, negou que haja influência política. CURIOSOS Bastou o anúncio de que Assange seria levado para uma corte no centro de Londres para centenas de curiosos correrem para lá. Alguns famosos também apareceram. O cineasta Ken Loach, o jornalista e documentarista John Pilger e a socialite Jemima Khan foram se oferecer como fiadores para a soltura de Assange. Ele está numa prisão em Wandsworth, sul de Londres, uma construção de 1851 e o maior presídio do país. Por ainda não ser condenado, não precisa usar uniforme de presidiário. Também pode receber visitas todos os dias e fazer ligações telefônicas. Australiano diz que acusação é ‘perturbadora’ Em entrevista ao site brasileiro Opera Mundi, Julian Assange disse ser ‘perturbador’ o que define como ‘articulação política’ para prendê-lo. A entrevista foi dada anteontem (véspera da prisão) à jornalista Natalia Viana, representante do WikiLeaks no Brasil. Assange disse que a acusação de abuso sexual na Suécia é falsa, já que as próprias mulheres envolvidas disseram que houve ‘sexo consensual’. O caso chegou até mesmo a ser arquivado, segundo ele, após a Procuradoria-Geral em Estocolmo, capital da Suécia, ler os depoimentos das duas envolvidas. A reabertura da investigação ocorreu, ainda de acordo com a avaliação de Assange, exclusivamente por motivação política. Somente nesta semana, devido ao congelamento dos recursos financeiros, Assange destacou que o site perdeu € 100 mil. No PayPal, site de pagamentos, usado como forma de arrecadação pelo WikiLeaks, o bloqueio foi de € 70 mil. Quanto ao fundo de defesa, dinheiro que estava em um banco da Suíça reservado para pagar os custos judiciais, a perda atingiu cerca de 31 mil. O criador do WikiLeaks afirmou que é possível visualizar ‘os tentáculos da elite norte-americana corrupta’ nas reações do PayPal e do Amazon, provedor que se recusou a continuar hospedando o site. Quando perguntado sobre a diferença entre aquilo que o site faz e a espionagem, Assange respondeu que recebe material de fontes confiáveis e ‘o entrega ao público’. Ele citou as pessoas que denunciam irregularidades onde trabalham e jornalistas como fontes das informações sigilosas publicadas. Refutou, portanto, a acusação movida pelos EUA e pela Austrália de que o WikiLeaks seja um veículo de espionagem. ‘Espionagem quer dizer que teríamos que trabalhar para adquirir o material e o repassar a um estrangeiro’, declarou. Octávio Luiz Motta Ferraz A extradição e a defesa dos direitos humanos Historicamente, as normas legais sobre a extradição buscaram proteger a soberania do Estado em cujo território o acusado se encontra. A partir da segunda metade do século passado, contudo, o princípio da soberania sofreu importantes restrições, notadamente pela adoção de diversos tratados de direitos humanos. Eles reconheceram o indivíduo, para além dos Estados, como ator importante no direito internacional. As normas de extradição não ficaram imunes a essa mudança, e passaram a conter princípios que visam a proteção dos direitos humanos do extraditado. Em caso histórico julgado pela Corte Europeia de Direitos Humanos em 1989, um cidadão alemão, Jens Soering, teve sua extradição do Reino Unido aos EUA suspensa. A Corte entendeu que a pena de morte à qual ele estaria sujeito viola o artigo 3 da Convenção Europeia, que proíbe punições cruéis e desumanas. O caso de Julian Assange é interessante e controverso por uma série de motivos além de sua atual posição de inimigo número um dos EUA por divulgar e-mails diplomáticos confidenciais no seu site WikiLeaks. ‘FAST TRACK’ O processo corre sob as regras de uma recente e controversa medida de extradição rápida (‘fast track’) adotado pela União Europeia para combater mais eficazmente o terrorismo. Nesse acordo, foi instituída a European Arrest Warrant (Ordem de Prisão Europeia), mediante a qual indivíduos podem ser extraditados, sem as salvaguardas tradicionais, para qualquer país da UE que o requisite. A justificativa para tal dispensa é a suposta confiança recíproca existente na UE sobre a retidão dos sistemas judiciais de seus membros. Isso não impede, no entanto, que o extraditado alegue a violação de seus direitos humanos para tentar suspender a extradição, o que os advogados de Assange estão fazendo. A Suécia não aplica, evidentemente, a pena de morte, banida na Europa, mas não está imune a acusações de Assange de que não respeita o direito ao devido processo legal. Segundo ele, que é australiano e não fala sueco, a ordem de prisão emitida pela Suécia não contém detalhes suficientes das acusações e estas jamais lhe foram apresentadas em inglês. Não creio que essa estratégia possa fazer mais que atrasar o processo. Mas para aqueles que pensam em desprezar como ridículo o argumento de que um país como a Suécia desrespeitaria direitos humanos vale lembrar que a mesma foi condenada pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU. A razão foi violar o direito ao devido processo legal e a tortura de dois cidadãos egípcios deportados a pedido dos EUA sob suspeita de terrorismo. OCTÁVIO LUIZ MOTTA FERRAZ é mestre em direito pela USP, doutor em direito pela Universidade de Londres e professor de direito público e direitos humanos na Universidade de Warwick Cristina Fibe EUA veem ‘boa notícia’ em detenção Apesar de a prisão de Julian Assange, fundador do site WikiLeaks, nada ter a ver com o vazamento de documentos secretos dos EUA, o país aplaudiu ontem a atitude da polícia britânica. Em viagem ao Afeganistão, o secretário da Defesa, Robert Gates, recebeu a notícia da prisão por meio de repórteres. ‘Não tinha ouvido isso, mas me soa como uma boa notícia’, respondeu. O porta-voz do Departamento de Estado, P.J. Crowley, ressaltou que a prisão é, ‘nesta etapa, um assunto entre o Reino Unido e a Suécia’, país que emitiu o mandado de prisão. ‘Nossa investigação continua’, mas Washington não está envolvida na detenção de ontem, afirmou Crowley. ‘O que estamos investigando é um crime sob a lei americana -o fornecimento de 250 mil documentos secretos de alguém de dentro do governo para alguém de fora do governo é crime’, e os responsáveis serão punidos, disse ainda. A Suécia procurou garantir que, caso Assange seja entregue ao país, ele não deve ser extraditado para os EUA. Anteontem, o secretário da Justiça, Eric Holder, disse ter autorizado ações ‘significativas’ relacionadas à investigação criminal sobre o WikiLeaks. Especialistas ouvidos pela CNN afirmaram que os americanos terão uma ‘longa batalha’ pela frente caso queiram a extradição do australiano para o país, especialmente se ele for enviado à Justiça sueca. ‘A questão principal, neste caso, é se a Suécia vê os fatos da mesma maneira que os EUA’, disse Mark Ellis, diretor-executivo da Associação Internacional de Advogados. Se os atos considerados ilegais para os EUA não forem considerados criminosos na Suécia, a extradição ficará mais difícil. Também em visita ao Afeganistão, o premiê britânico, David Cameron, disse que a ‘relação especial’ entre o seu país e os EUA não seria abalada pelos vazamentos. Apesar das ‘perguntas embaraçosas’ que o Wikileaks gerou, ele não ‘muda os fundamentos entre o Reino Unido, os EUA e o Afeganistão’, disse o premiê. ATAQUES E REAÇÕES A revista ‘Time’ retirou o nome de Assange da lista de votação da pessoa do ano, segundo o próprio WikiLeaks. Até ontem, ele liderava com folga a enquete. As operadoras Visa e MasterCard anunciaram a suspensão de todos os pagamentos e doações dirigidos ao WikiLeaks feitos na Europa. O anúncio foi feito horas após a prisão de Assange. Ontem, hackers que apoiam o WikiLeaks bloquearam o acesso à página do PostFinance depois de o banco suíço ter encerrado, anteontem, a conta de Assange. A instituição suíça informou que tenta recuperar o funcionamento normal de sua página na internet. VENEZUELA Flávia Marreiro Governo Chávez obtém 1/5 de ações de canal opositor O governo Hugo Chávez anunciou ter assumido o controle de um quinto das ações do canal opositor Globovisión após ordenar a liquidação de uma das empresas proprietárias da TV. A companhia Sindicato Ávila, dona de 20% da emissora, está vinculada ao Banco Federal, sob intervenção do Estado desde junho por suposta falta de liquidez. A agência oficial de notícias informou ainda na noite de anteontem que outros 5,8% das ações da TV, pertencentes ao dono do Federal, Nelson Mezerhane, também estão bloqueados. Desde a ação contra o banco, Chávez vinha advertindo que seu governo atuaria para controlar parte da Globovisión, canal de aberta oposição ao governo. A SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) e a Relatoria para a Liberdade de Expressão da OEA (Organização dos Estados Americanos) criticam os processos legais envolvendo a TV, que classificam de intimidatórios. Além de Mezerhane, o acionista majoritário da Globovisión, Guillermo Zuloaga (45%), responde a processo na Justiça da Venezuela. Ambos estão foragidos e acusam o governo de perseguição política. Também dono de uma concessionária, Zuloaga é acusado de usura por supostamente esconder veículos em sua residência. Ontem, Mezerhane divulgou carta aberta na qual diz que ‘o propósito final [do governo]’ é ‘silenciar o único meio televisivo que diz e informa sobre seus atropelos à democracia’. Prometeu não descansar até ver Chávez ‘julgado e condenado’ num tribunal internacional e negou que a empresa Sindicato Ávila seja ligada ao Federal. SEM VOTO Em princípio, Chávez não terá poder sobre a linha editorial da Globovisión nem poderá indicar seus diretores. O motivo é que as decisões da junta controladora são tomadas por votos de 55% dos acionistas. Porém, o presidente já insinuou, no passado, que tem na mira outros 20% da empresa controladora. Trata-se da participação de Luis Teófilo Nuñez, morto em 2007. Chávez afirmou haver um vazio legal sobre o direito de herança em caso de concessões do Estado. A advogada da Globovisión, Ana Cristina Núnez, chamou ontem de ‘confusa’ as informações do governo sobre o caso. A advogada foi acompanhada por funcionários do canal, vestidos de branco. Em 2007, o governo venezuelano foi duramente criticado por não renovar a concessão da RCTV, abertamente oposicionista e então canal mais popular do país. CREDIBILIDADE Pesquisa aponta Folha como jornal líder em credibilidade A Folha foi considerada o veículo de maior credibilidade do país em pesquisa do escritório de relações públicas CDN. A empresa ouviu 800 empresários de São Paulo e do Rio para a quarta tomada da pesquisa Credibilidade da Mídia Espontânea. De acordo com a CDN, os entrevistados citaram como fatores de credibilidade a tradição, a seriedade e a integridade do jornal. Com isso, a Folha alcançou a liderança no quesito credibilidade em negócios e mercados, com 23% das respostas dos empresários. Isso significou um avanço de sete pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, de 2008. O veículo também foi citado, ao lado de ‘O Globo’, como o jornal mais lido no país. Ao todo, 41% dos empresários escutados pelo levantamento indicaram a preferência pelos dois jornais nos hábitos de leituras. A pesquisa, realizada pelo grupo CDN, analisa o impacto do noticiário na imagem de grandes grupos empresariais e instituições públicas há 16 anos. O levantamento auxilia na ponderação da avaliação de acordo com a reputação e credibilidade dos veículos. A quarta tomada da pesquisa Credibilidade da Mídia Espontânea foi realizada em outubro deste ano. A CDN Comunicação Corporativa, que inaugurou escritório fora do país no ano passado, tem 23 anos de atuação no mercado de comunicação e atende empresas como Itaú, Carrefour, Bunge, Walmart e Petrobras. TELEVISÃO Keila Jimenez Sem Telecine, HBO aumenta as vendas Com o fim da cláusula protecionista das operadoras Sky e Net, em que para ter os canais HBO era obrigatório levar junto os Telecine, as vendas da HBO cresceram. Apesar de as operadoras não revelarem números, a HBO disse que com o fim da obrigatoriedade, há um ano, sua vendas na Sky dobraram. A Net confirma que as vendas do canal cresceram desde que passou a ser vendido separadamente, em junho. Com a mudança, os preços dos pacotes caíram. Na venda casada, três canais HBO mais outros cinco Telecines na Net custava R$ 70. Separados, o pacote com três canais HBO custa R$ 27. MISTER M No ‘Topa ou Não Topa’ (SBT) desta noite, Roberto Justus recebe o mágico Marcelo Satim, que fez ele se vestir de Zorro e quebrou seu relógio Espera O ‘Big Brother Brasil 11’ nem estreou e já tem 14 marcas garantidas entre os seus merchandisings. Entre elas, Bout’s, Lukscolor, Knorr, Kibon, Rossi Residencial e Samsung vão patrocinar provas do programa. A Samsung ainda bancará quatro sessões de cinema (vídeo no quarto do líder) no confinamento. Parceria O Bradesco renovou por mais um ano o patrocínio do ‘Jornal Nacional’ (Globo). O valor de tabela mensal da cota do noticiário é de R$ 10 milhões. ‘Fica esperta quem tem animalzinho. Eles morrem e reencarnam em 70 dias no máximo!’ MÁRCIA FERNANDES especialista em paranormalidade dos animais explicando o tema no ‘Manhã Maior’ (RedeTV!) Os caras O que Luciano Huck, Zé Mayer, Tiago Leifert, Rodrigo Faro e Datena têm em comum? Eles foram eleitos ‘homens do ano’ na categoria TV em enquete realizada pela revista masculina ‘Alfa’. Oficial O nome da próxima novela das 19h da Globo é ‘Morde Assopra’. ‘Dinossauros & Robôs’ era provisório. Baixa Faccioli ainda não emplacou na Band. O ‘Primeiro Jornal’ (nacional) registrou de 13/10 (estreia) a 25/11, média de 1 ponto de audiência. (Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande SP). Folia Mesmo sem ter renovado seu contrato com a Band, Adriane Galisteu já acertou que apresentará o desfile das escolas de samba campeãs do Carnaval do Rio na emissora, em março. Parede Sky e algumas pequenas operadoras ligadas à NeoTV seguem com resistência a cláusula que estabelece cotas de produção nacional do PL 116, que está em audiência pública no Senado. Encomedaram até um parecer para o jurista Ives Gandra. Castigo Baseada em cláusula contratual, Ana Paula Arósio fica sem salário na Globo até ‘Insensato Coração’ acabar, em setembro. Fábio Assunção, que também deixou a trama, não será punido. com SAMIA MAZZUCCO Lúcia Valentim Rodrigues Com novo elenco, ‘Saia Justa’ inclui homens em sua bancada As mulheres do ‘Saia Justa’ ganham, a partir de hoje, ‘quatro machos inteligentes’. A definição é do diretor Nilton Travesso, que segue à frente da atração do GNT. ‘Elas maltrataram os homens, dominando o programa por oito anos. Agora vai ter um homem batendo de frente’, brinca Travesso. Mônica Waldvogel, presente desde a primeira edição, em 2002, continua no comando da mesa de debates. A ela, se juntam a jornalista da Folha Teté Ribeiro e a atriz Christiane Fernandes. Os atores Dan Stulbach e Du Moscovis, o cantor Leo Jaime e o jornalista e colunista da Folha Xico Sá se revezam como convidados. Na estreia, toda a nova equipe estará presente para marcar a nova fase. ‘Acrescentar um universo masculino vai rejuvenescer o programa’, diz Christiane. Teté diz que com homens presentes a dinâmica muda. ‘Parece que tem alguém espiando a conversa das meninas.’ O pioneiro entre os homens será Stulbach. ‘Não estou assustado. Tenho certeza de que meus colegas vão me dar uma força’, ri. NA TV Saia Justa QUANDO estreia hoje; às quartas, às 22h30, no GNT, com reprises ao longo da semana CLASSIFICAÇÃO não informada ************ O Estado de S. Paulo Quarta-feira, 8 de dezembro de 2010 REGULAÇÃO Criação de agência de mídia é alvo de críticas Entidades que representam empresas de comunicação e radiodifusão criticaram ontem a ideia de se criar uma agência para regular o conteúdo levado ao ar por rádios e TVs. A proposta faz parte das medidas em debate no governo para elaboração do anteprojeto do marco regulatório do setor, sob responsabilidade do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Franklin Martins. O diretor-geral da Associação Brasileira de Radiodifusão (Abert), Luís Roberto Antonik, discorda da criação de uma Agência Nacional de Comunicação (ANC) em substituição à Agência Nacional de Cinema (Ancine), proposta que constaria da primeira versão do projeto de lei, segundo publicou ontem o jornal Folha de S.Paulo. Para Antonik, o setor já está submetido a um ‘excesso’ de normas. ‘Existe uma miríade de hiper-regulação a nosso respeito. Tem a lei de 1962, a Lei Geral das Telecomunicações, o Estatuto da Criança e do Adolescente, as regras da Anvisa e do Conar, a Anatel e o Ministério das Comunicações.’ Para Antonik, regular conteúdo é um retrocesso, pois dá margem a tentativas de controle da liberdade de expressão. Opinião semelhante tem o presidente da Associação Nacional dos Editores de Revista (Aner), Roberto Muylaert, que classificou a ideia como ‘chover no molhado’. ‘Já vimos a mesma proposta com outros nomes’, disse, acrescentando que o projeto ‘parece inconstitucional’. ‘A liberdade de expressão está garantida no artigo 5.º da Constituição – e é tão importante que depois é repetida no 220.’ A Associação Nacional de Jornais (ANJ) não vai se manifestar até que o governo divulgue oficialmente um projeto de lei. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também não quis comentar o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. João Domingos
Defensores de ‘controle social’ cobram conselho
Os movimentos sociais são contrários à transformação da Agência Nacional do Cinema (Ancine) em Agência Nacional de Comunicação (ANC), como prevê a primeira versão do projeto do governo para criar um marco regulatório para o setor de telecomunicação e radiodifusão.
‘Uma agência não nos interessa. Nós tivemos a promessa do ministro Franklin Martins de que seria prevista a criação de um conselho de comunicação’, afirmou Paulo Miranda, da Associação Brasileira de Canais Comunitários.
A agência, segunuma entidade estatal, com diretoria aprovada pelo Congresso e corpo de funcionários de carreira. Os movimentos sociais – alguns dos quais defensores do controle social da mídia – querem ter participação mais ativa nesse processo e, por isso, argumentam a favor da formação de um conselho, integrado por representantes da sociedade e das empresas do setor.do Miranda, seria mais
O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder, lembrou que a Conferência Nacional de Comunicação (Confecon), realizada em dezembro de 2009, decidiu por unanimidade pela criação do conselho, e não de uma agência. ‘Deve ser um conselho independente do Estado, autônomo, com verbas próprias, que represente a sociedade. Não deve ter um controlador’, afirmou.
Trâmite. Independentemente de apoios ou queixas, o projeto ‘ainda está em fase inicial e deve passar por novos exames’, informou ontem o Palácio do Planalto. Quando ficar pronta, a proposta será entregue à presidente eleita, Dilma Rousseff. Caberá a ela decidir se envia ou não o projeto ao Congresso. Antes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer ver o texto. No primeiro discurso depois de eleita e em entrevistas posteriores, Dilma garantiu ser contra o cerceamento à liberdade de imprensa.
PRÊMIO
Marili Ribeiro
‘Estado’ é vencedor do Prêmio Caboré
A cerimônia de entrega do prêmio Caboré 2010, que este ano contemplou 13 categorias, deu ao jornal O Estado de S. Paulo o troféu de veículo de comunicação do ano em mídia impressa. Trinta e nove profissionais e empresas do mercado de comunicação participaram da competição. Foram três finalistas para cada uma das 13 categorias, selecionados pelo corpo diretivo do Grupo M&M, que publica o jornal especializado no segmento publicitário Meio & Mensagem.
O troféu Caboré, que tem a forma de uma coruja, completou 31 anos e é um dos mais cobiçados no meio publicitário brasileiro. Na categoria que o Estado venceu, concorreram também a revista semanal Capricho e o diário esportivo Lance!.
‘O Caboré é o coroamento de um ano em que estamos muito contentes’, disse Silvio Genesini, diretor-presidente do Grupo Estado. ‘Mudou o jornal, mudou o portal. É muito bom receber esse prêmio e ser, ao mesmo tempo, o jornal mais admirado do País.’ Ricardo Gandour, diretor de conteúdo do Grupo Estado, completou: ‘O reconhecimento do mercado publicitário é importante. Ele é o grande patrocinador da imprensa livre, independente e de qualidade’. Nesta semana, o Estado também foi reeleito o mais admirado do País, em pesquisa anual feita pela Troiano Branding para o Grupo M&M.
A festa do Caboré teve espaço para várias emoções – do profissional experiente do meio publicitário, caso de Paulo Gregoraci, vice-presidente da agência WMcCann, que recebeu sua terceira Coruja, desta vez na categoria mídia do ano, ao novato nessa vivência, Mario D’Andrea, presidente da agência JWT, que não escondeu a emoção pelo reconhecimento como profissional de criação.
‘Vivemos um momento ímpar no País, com a chegada de 50 milhões de novos consumidores ao mercado’, disse Luiz Lara, presidente da Lew, LaraTBWA, eleito o empresário do ano da indústria da comunicação. ‘Essas pessoas estão ávidas por informações sobre produtos e serviços e a publicidade tem um papel a cumprir ao conectá-las com as empresas e marcas’.
A festa foi cenário para comemorações por um ano de bons resultados. Os números referentes à movimentação das verbas dos anunciantes, conhecidos até o momento, indicam crescimento de dois dígitos, algo que o setor não experimentava havia um bom tempo. Em 2009, o bolo publicitário cresceu apenas 4% ante o ano anterior. Em 2010 deve fechar com investimentos em mídia 18% superiores em relação ao ano passado, conforme dados já apurados pelo Projeto Inter-Meios, do Grupo M&M.
João Salles Neto, presidente do Grupo M&M, avalia que ‘2010 foi um período excepcionalmente bom puxado pelo crescimento do PIB, e pela movimentação em torno da Copa do Mundo e das eleições’.
Circulação. Para o Grupo Estado, o ano foi particularmente positivo. A circulação total do jornal cresceu quase 10% entre janeiro e setembro, enquanto o mercado teve alta de 2%. A receita publicitária aumentou 15%, enquanto que, para o mercado, deve oscilar entre 7% e 8%.
Foi o ano do redesenho do Estado, com novos cadernos e maior integração com a área digital. A mudança gráfica e editorial se estendeu ao portal estadão.com.br, assim como para a seção de classificados (incluindo a criação do caderno Ultra, voltado exclusivamente ao mercado de luxo), para o site do Jornal da Tarde e ao Jornal do Carro. Alguns cadernos ganharam sites próprios, como o Economia & Negócios, Política e Paladar. O portal também passou a hospedar o site da revista Piauí. O jornal também celebrou parceria com o site MSN, para o qual passou a ser o canal exclusivo de notícias.
O ano foi ainda marcado pelo trabalho de cobertura da Copa do Mundo e das eleições, com cadernos especiais e infografia de última geração. A atuação rendeu prêmios na área jornalística, como Prêmio Imprensa Embratel; Prêmio Allianz Seguros de Jornalismo e Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo. Os demais veículos do Grupo também tiveram reconhecimento. O estadão.com.br foi apontado pela Fundação Nuevo Periodismo Iberoamericano como uma das quatro melhores práticas em redes sociais da América Latina.
TECNOLOGIA
Google anuncia computadores com Chrome OS
O Google apresentou ontem, nos Estados Unidos, os primeiros notebooks com o Chrome OS, sistema operacional da empresa, concorrente do Windows, da Microsoft. As máquinas devem chegar ao mercado em meados de próximo ano.
‘Finalmente teremos uma terceira alternativa viável de sistema operacional’, disse o presidente do Google, Eric Schmidt. As outras opções são o Windows e os sistemas do Mac, da Apple.
Os primeiros notebooks com o Chrome OS serão produzidos pela Acer e a Samsung, usando chips da Intel. Não foram divulgados preços para esses computadores.
Com o Chrome OS, o principal elemento do notebook será o navegador de internet, que é muito dependente da conexão com a rede, no lugar do sistema operacional que roda no disco rígido, como no Windows ou no Mac.
Protótipo. Por enquanto, um número ‘muito limitado’ de consumidores pode se candidatar a um protótipo sem marca, chamado CR 48, equipado com o novo sistema operacional.
Para ser escolhido, os candidatos devem publicar vídeos no YouTube explicando por que deveriam experimentar o Chrome OS. Todo preto, o CR 48 tem tela de 12,1 polegadas, conexão de telefonia celular de terceira geração (3G) e webcam, mas não possui nenhum logo ou marca.
Algumas empresas, como a Kraft e a empresa aérea Virgin America, também receberão alguns protótipos para teste.
Segundo o Google, o novo sistema operacional, baseado na web, será muito mais seguro que os convencionais, pois terá atualização automática, encriptação de dados e outros recursos que impedirão o software de ser modificado por fontes externas.
‘É muito, muito difícil invadi-lo’, disse Sundar Pichai, vice-presidente do Google. ‘Estamos muito confiantes de que será o sistema operacional mais seguro já oferecido aos consumidores.’
O Google informou que o navegador Chrome está sendo usado atualmente por 120 milhões de pessoas ao redor do mundo, comparados a 70 milhões há seis meses.
O número de usuários do Chrome triplicou desde o começo de 2010, segundo Pichai. O navegador Chrome é outro produto, concorrente do Internet Explorer, da Microsoft, e do Firefox, da Fundação Mozilla. / SAN JOSE MERCURY NEWS
TELEVISÃO
Cristina Padiglione
Estados Unidos compram duas temporadas do Peixonauta
Animação brasileira feita pela TV Pinguim para o Discovery Kids, com apoio do BNDES e da Ancine, o ecologicamente correto Peixonauta chegará aos Estados Unidos pelo Discovery Familia. Composto por programação infantil durante o dia e conteúdo voltado às mães na faixa noturna, o canal é dirigido à comunidade hispânica e já importou, também da Discovery Kids daqui, a animação Meu Amigãozão, coprodução entre Brasil, pela D2LAB, e Canadá. O negócio recém-fechado com a TV Pinguim inclui as duas temporadas do Peixonauta, com 52 episódios cada, sendo que a segunda safra sequer estreou no Brasil. A ideia é levar aos EUA também os produtos licenciados da marca.
Papai sabe tudo
Marco Nanini e Marcos Oliveira se divertem com figurino de A Grande Família, para o dia em que Beiçola pede ajuda de Lineu, um expert em higiene, a fim de evitar ser gongado pela Vigilância Sanitária. No ar dia 16.
15 milhões de downloads, ao menos, foram feitos das canções de Glee. A série da Fox também já tem a marca de, pelo menos, 5 milhões de álbuns vendidos no mundo
‘Ônibus escolar? Em que ano foi isso? Ô, vida…’ Fábio Jr., em coletiva de imprensa, terça, quando Alessandra Negrini disse que cantava suas músicas no ônibus escolar
Executivo que trabalhou por mais de 20 anos com Silvio Santos relembra, não sem pensar nisso como ironia do destino, uma ocasião em que o ex-patrão, animado com os lucros do Banco Panamericano, cobrou a diretoria do SBT: ‘Quero que vocês trabalhem igual ao Paladino’. Referia-se a Rafael, presidente do banco, o primeiro a cair após o aporte de R$ 2,5 bi ao banco,
Em nome da Record, Zezé Di Camargo e Luciano embarcam hoje para Angola. A dupla faz show lá contratado pela Record Internacional.
Danilo, o drogadito interpretado por Cauã Reymond em Passione, terá uma recaída pelo crack, assim que descobrir que sua mãe mentiu sobre a morte de papai Saulo (Werner Shünemann), só para inocnetá-lo.
Mas o autor Silvio de Abreu há de exibir na novela uma overdose de esperança (com perdão do péssimo trocadilho) aos dependentes de crack. Ao se deparar com aquele universo nefasto que é a Cracolândia, Danilo compra a droga e corre para a clínica, sem consumi-la, implorando para ser internado novamente.
Em tributo aos 450 anos de Guarulhos, comemorados hoje, o SPTV 1ª edição terá ancoragem diretamente do município, logo mais, com provável menção aos seus filhos mais ilustres: os Mamonas Assassinas.
Tal é o poder de Fábio Jr.em encantar seus interlocutores, que os jornalistas presentes à coletiva de imprensa promovida pela Globo anteontem, para anunciar o especial de fim de ano Tal Filho, Tal Pai, nem se importaram com os 40 minutos de atraso que ele e o filho Fiuk cometeram na ocasião.
Um exemplar do Batmóvel invade sábado a Rua Oscar Freire. É obra da Warner para encerrar as celebrações pelos 75 anos do herói.
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