O Centro Filipino para o Jornalismo Investigativo recebeu esta semana o Prêmio Kate Webb, entregue pela Agence France-Presse, por sua contribuição à liberdade de imprensa. A premiação homenageia repórteres ou organizações de mídia de países da Ásia e do Pacífico pela produção de trabalhos excepcionais sob circunstâncias perigosas.
As Filipinas são o país mais letal para jornalistas. Os riscos da profissão foram tragicamente representados em um massacre a um comboio político no ano passado, que deixou 57 mortos, incluindo 32 profissionais de imprensa que cobriam a viagem de partidários de um candidato a governador da província de Maguindanao.
‘Nós aceitamos esta honra em nome de centenas de jornalistas filipinos – incluindo os 32 em Maguindanao – que foram mortos por denunciar o mal da corrupção, das dinastias políticas e de governos mal administrados’, declarou Malou Mangahas, diretor-executivo do Centro, em uma cerimônia em Manila. ‘Devemos ter feito algumas coisas boas nos 20 anos de existência da nossa organização para que tenham nos escolhido para receber este prestigioso prêmio’, completou. O Centro Filipino recebeu cinco mil euros. O dinheiro será usado para a realização de programas de treinamento para jornalistas filipinos sobre como conduzir reportagens investigativas em ambientes perigosos.
O prêmio Kate Webb foi criado depois da morte da correspondente neozelandesa, em 2007, aos 64 anos. A família da jornalista administra a premiação, que é mantida pela Fundação AFP.