Diante do alarmante número de jornalistas mortos em 2007, organizações internacionais escreveram às Nações Unidas para pedir que seus países-membro garantam a segurança dos profissionais de imprensa. Em carta aberta ao presidente do conselho de segurança da ONU, o italiano Marcello Spatafora, a Federação Internacional de Jornalistas, a União Européia de Radiodifusão e o Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa fizeram um apelo para que os países aprovem uma resolução que trata da segurança dos jornalistas que cobrem conflitos.
As organizações lembraram que, nos 12 meses desde que a resolução foi aprovada pelo conselho de segurança, o Instituto contabilizou 137 mortes de jornalistas e profissionais de apoio a equipes de mídia. Elas expressaram sua ‘profunda preocupação’ com os ‘freqüentes atos de violência, incluindo ataques deliberados contra jornalistas, profissionais de mídia e assistentes técnicos’; ressaltaram também que o alto número de mortes poderia ser reprimido se os governos onde estes crimes ocorrem aplicassem a lei energicamente.
Impunidade
Após uma pesquisa de dois anos sobre as mortes de jornalistas em todo o mundo, o Instituto contabilizou mil óbitos entre 1996 e 2006 e concluiu que, em menos de dois em cada dez casos de assassinato, os acusados foram levados à justiça. ‘Não pode haver liberdade de expressão onde jornalistas são mortos por fazer seu trabalho’, dizia a carta.
A Federação Internacional de Jornalistas é a maior organização de jornalistas do mundo; representa aproximadamente 500 mil profissionais em mais de 100 países. A União Européia de Radiodifusão é a maior associação mundial de radiodifusores nacionais, com 75 membros em 56 países. Ambas fazem parte do Instituto Internacional para a Segurança da Imprensa, organização não-governamental em defesa da segurança de profissionais de imprensa que trabalham em condições de perigo em todo o mundo. Informações de Leigh Holmwood [Guardian Unlimited, 19/12/07].