Arthur S. Brisbane, ombudsman do New York Times, só aderiu ao Twitter nas últimas semanas. Em seu pouco tempo na rede social, notou que alguns editores e jornalistas do NYTimes enviam milhares de tweets para milhares de pessoas. Para eles, o serviço online que permite compartilhar mensagens em 140 caracteres tornou-se um meio valioso de troca de informações. Mas Brisbane ainda tem dúvidas. ‘É algo bom ou uma perda de tempo?’, questiona, em sua coluna de domingo [13/3/11].
Os jornalistas do NYTimes que são fãs do Twitter defendem que os benefícios do microblog são reais. A ferramenta permite que eles sejam repórteres melhores, pois, ao selecionar um universo de usuários a seguir, podem monitorar fontes de todos os tipos – jornalistas e veículos rivais, inclusive. Além disso, podem monitorar tweets por assunto.
O colunista de mídia David Carr alega que fica à frente das notícias com o Twitter. Para o editor Patrick LaForge, os usuários do Twitter encontram, analisam e comentam links interessantes muito mais rápido do que ele poderia fazer. ‘Se eles colocam um link para algo que chama a minha atenção, vou salvar para olhar com calma depois. Não leio tudo. A analogia é um coquetel. Não dá para conversar com todos na festa. Você dá uma volta e para aqui e lá’, compara.
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O colunista Nicholas Kristof enviou tweets, atualizou seu blog e escreveu colunas de vários lugares do Oriente Médio depois que as manifestações começaram na região. Agora, ele planeja uma viagem para a Mauritânia e usou o Twitter para buscar informações – com bons resultados. Kristof também usou o Twitter para publicar algo que estava pensando sobre a Líbia, mas que não tinha evidências concretas para colocar no jornal. ‘Eu disse acreditar que as pessoas estavam muito otimistas na Líbia’, contou.
Repórteres podem usar o Twitter também para divulgar seu trabalho. Se for algo popular, os retweets amplificam o alcance, bem além da versão impressa e do site do jornal. A interatividade do Twitter constroi relações mais fortes com os leitores e gera mais visitas ao site do jornal – embora as visitas oriundas do Twitter e do Facebook ainda sejam modestas.