Thursday, 19 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Paixão aposta na fé para vender DVDs

Depois do grande sucesso de bilheteria do filme Paixão de Cristo, dirigido por Mel Gibson, a indústria cinematográfica aposta no mesmo sucesso na venda de DVD e VHS do filme. A estratégia da Twentieth Century Fox é atingir as igrejas e os lares cristãos com cerca de 50 mil mensagens de e-mail diárias. A campanha enfatiza a venda no sul e no centro-oeste dos EUA, onde o filme teve maior popularidade no cinema. Esta semana, a Fox planeja colocar no ar comerciais de TV anunciando o lançamento do DVD. Executivos do ramo de entretenimento acreditam que a Fox pode chegar a vender mais de 15 milhões de cópias do filme, transformando o mesmo em best-seller. Nos cinemas, Paixão de Cristo rendeu 370 milhões de dólares em venda de ingressos, ocupando o segundo lugar em popularidade nos EUA. Grandes lojas como Amazon.com e Sam’s Club já estão aceitando encomendas para o DVD, com lançamento marcado para esta semana. Também igrejas estão fazendo encomendas por atacado. As expectativas são de que dois milhões de cópias sejam vendidas só na primeiras semanas. As informações são de Laura M. Holson [The New York Times, 25/8/04].



Justiça federal americana age contra pirataria

A RIAA, associação da indústria fonográfica americana, continua expandindo sua ofensiva contra os usuários de computador que trocam filmes e músicas pela internet. A entidade, que anunciou estar processando mais 744 internautas ainda não identificados, elevando o total para 4.680, conseguiu pressionar o departamento de Justiça a abrir processos próprios contra acusados de pirataria. O procurador-geral americano, John Ashcroft, disse que, na semana passada, foram executados mandados de busca e apreensão nas casas de cinco usuários e num provedor de internet ligados a uma rede de intercâmbio de arquivos chamada Underground Network, que conta com cerca de 7.000 associados. Um agente do FBI infiltrado na comunidade teria colhido evidências de ‘conspiração para infração criminosa da lei de direitos autorais’, segundo informa o Los Angeles Times [26/8/04]. A esperança das corporações é que, com essa nova postura da justiça federal, os internautas se sintam mais inibidos para piratearem músicas, filmes e programas. ‘Eu não presumiria que esse foi um ataque cirúrgico e que a investigação não se expandirá a outros sistemas de trocas de arquivos’ ameaça John Malcolm, coordenador do esforço anti-pirataria da Motion Pictures Association of America, que trabalhava no departamento de Justiça até este ano.