Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Papa conta experiência com a morte

O papa João Paulo II descreve, pela primeira vez, o que sentiu nos momentos após ter sido baleado, em 1981. No livro Memória e Identidade: Conversas entre Milênios, lançado esta semana na Itália, são transcritas conversas que ele teve com dois amigos (o filósofo político Krzysztof Michalski e o reverendo Jozef Tischner), em 1993, sobre diversos assuntos, entre eles a luta contra o comunismo e o nazismo e o valor da vida. No trecho sobre o atentado que sofreu há mais de 20 anos – o papa foi ferido a tiros pelo turco Mehmet Ali Agca quando desfilava em carro aberto –, João Paulo diz que sobreviveu graças a sua fé. Ele lembra de ser levado às pressas para o hospital, mas não recorda o que aconteceu depois, pois estava, segundo suas palavras, ‘quase do outro lado’. Este é o quinto livro do papa. Será publicado na Itália pela editora Rizzoli, que pretende fazer em breve uma versão em inglês, e em março será lançado na Polônia, país natal de João Paulo II. Informações de Vanessa Gera [AP, 18/2/05].



BBC pede desculpas por lorota de reverendo

A rádio pública britânica BBC 4 teve que fazer um pedido público de desculpas por permitir que o reverendo do grupo cristão ecumênico Comunidade Iona, John Bell, contasse no programa Thought of the Day (pensamento do dia) a história de um suposto jovem árabe que teria sido forçado a entrar no exército de Israel, onde acabou preso porque se recusava a cumprir ordens de atirar em crianças palestinas. Indignados, judeus britânicos ligaram para a emissora apontando falhas no improvável relato, como o fato de que os israelenses de origem árabe têm permissão legal para não servirem nas forças armadas do país. A BBC entrou em contato com autoridades de Israel que afirmaram que, ao que tudo indica, o tal jovem não existe. Como reporta The Guardian [18/2/05], o próprio reverendo também já admite que sua história continha alguns erros factuais.