João Paulo II pediu esta terça-feira que haja apoio aos profissionais dos meios de comunicação para que expressem suas ‘enormes’ possibilidades na promoção dos valores humanos e familiares.
Esta foi a mensagem que deixou aos participantes da assembléia plenária do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, que celebra no Vaticano o quadragésimo aniversário de sua fundação (em 2 de abril de 1964 por iniciativa de Paulo VI, em resposta às propostas dos participantes no Concílio Vaticano II).
A assembléia celebra também os quarenta anos da publicação do decreto conciliar ‘Inter Mirifica’, sobre os meios de comunicação social (4 de dezembro de 1963).
No breve discurso que dirigiu em inglês aos membros do Conselho vaticano, que foram apresentados por seu presidente, o arcebispo americano John P. Foley, o Papa alentou ‘a prosseguir vossa missão de ajuda aos que trabalham neste vasto campo e a modelar com ‘espírito humano e cristão’ os meios de comunicação’.
‘Deste modo –reconheceu–, os meios de comunicação poderão expressar melhor seu enorme potencial para promover sadios valores humanos e familiares, contribuindo para a renovação da sociedade’, afirmou recordando o tema central da Mensagem para a Jornada Mundial para as Comunicações Sociais.
O Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, segundo o artigo 169 da constituição ‘Pastor Bônus’, promulgada por João Paulo II em 1988, ‘dedica-se às questões relativas aos instrumentos de comunicação social, com a finalidade de que, também por meio deles, a mensagem da salvação e o progresso humano contribuam a fomentar a civilização e os costumes’.
‘O Conselho se dedica principalmente à função de suscitar e apoiar, oportuna e adequadamente, a ação da Igreja e dos fiéis cristãos nas múltiplas formas da comunicação social, trabalhando para que os jornais e outros escritos periódicos, os espetáculos cinematográficos e as transmissões de rádio ou televisão estejam cada vez mais impregnados de espírito humano e cristão’, indica o Papa.
A constituição pontifícia pede a este organismo vaticano que siga ‘com especial preocupação os jornais, publicações periódicas, emissoras de rádio e televisão de natureza católica, para que respondam realmente à própria índole e função, divulgando, sobretudo, a doutrina da Igreja como a propõe o Magistério, e difundindo correta e fielmente as notícias religiosas’.
O Santo Padre lhe pede, também, fomentar ‘as relações com as associações católicas que trabalham nas comunicações sociais’ e procurar que os católicos, ‘especialmente com ocasião da celebração da jornada das Comunicações Sociais, tomem consciência do dever que tem cada um de esforçar-se para que tais instrumentos estejam ao serviço da missão pastoral da Igreja’.
Na constituição ‘Pastor Bônus’, o Papa estabelecia como ‘departamento especial’ dependente da Secretaria de Estado do Vaticano a Sala de Imprensa da Santa Sé, para a publicação e distribuição das ‘informações oficiais referentes aos documentos do Sumo Pontífice e às atividades da Santa Sé’.