Em tempo de campanha presidencial nos EUA, gradualmente toda a imprensa se volta para a eleição, inclusive as revistas femininas. Para Myrna Blyth, ex-editora do Ladies Home Journal e autora de um livro sobre como a mídia ‘vende infelicidade e liberalismo’ às mulheres, grandes títulos como Vogue e Haarper’s Bazaar são totalmente parciais na visão de política que oferecem. Essas publicações não estariam fazendo esforço para esconder que escolheram o Partido Democrata para apoiar, como tem acontecido em todos os pleitos.
Em artigo para o New York Post [16/3/04], Myrna afirma que as revistas femininas já sonham com as matérias que poderão fazer quando John Kerry ganhar a presidência. A então primeira-dama, Teresa Heinz Kerry, será comparada a Jacqueline Kennedy, graças ao seu guarda-roupa de valor comparável ao ‘PIB da maioria das nações de 3o Mundo’. ‘A Glamour provavelmente já guardou espaço para uma matéria açucarada sobre as espertas e bem-informadas filhas de Kerry, assim como fez com Karena Gore [filha do democrata derrotado Al Gore] na última eleição’, afirmou.
A autora reclama que a maioria das publicações agora escolhe um comentarista ‘apartidário’ – na verdade um democrata – para dar conselhos políticos. Para completar, começam a sair artigos sobre assuntos da pauta liberal, como aborto e casamento entre homossexuais. ‘As revistas femininas atingem milhões e milhões de mulheres a cada mês, normalmente com apenas um ponto de vista. Elas filtram e retiram opiniões de mulheres conservadoras, religiosas, pró-vida (antiaborto), em outras palavras, de qualquer um que não concorde com sua visão liberal. Cosmopolitan, Marie Claire e muitas outras nos trazem um monte de opiniões quando se trata do último lançamento de batom ou tendência da moda. Mas elas oferecem apenas um ponto de vista com relação a todos e quaisquer itens sociais’.