Um assistente de pesquisa do escritório do New York Times em Pequim, o chinês Zhao Yan, foi detido em 17/9 sob acusação de revelar segredos de estado a estrangeiros. ‘Nós estamos profundamente preocupados com a detenção de Zhao Yan’, disse a editora estrangeira do Times, Susan Chira. ‘Estamos fazendo tudo que podemos para assegurar a segurança dele e estamos ajudando a família com assistência legal’.
Acredita-se que a detenção esteja ligada a um artigo do Times de 7/9 que revelava que o diretor do Partido Comunista, Jiang Zemin, planejou renunciar ao seu último posto de poder como diretor da Comissão Militar Central. O artigo citou fontes anônimas que teria vínculos na direção da Comissão. A veracidade do artigo foi comprovada no domingo, quando Jiang deixou o seu posto militar.
As deliberações feitas entre os lideres do partido são altamente secretas na China e o vazamento de informações é considerado crime. Muitos jornais estrangeiros na China usam funcionários locais para ajudar a conseguir fontes oficiais, informações de jornais e internet e ajudar nas traduções.
Alguns chineses tiveram problemas com as autoridades através dos anos quando os jornais para os quais trabalhavam escreviam sobre assuntos considerados politicamente sensíveis. Porém, as leis criminais de vazamento de informação, ao mesmo tempo em que são vagas sobre a definição de segredo, são severas, com pesadas punições para os condenados. Informações de Erik Eckholm [The New York Times, 24/9/04].