A polícia da Turquia prendeu 25 pessoas, na madrugada de quarta-feira [5/6], acusadas de usar redes sociais para disseminar informações falsas e incitar os protestos contra o governo. Outras 13 estariam sendo procuradas, de acordo com a agência de notícias estatal.
Os jovens presos, todos entre 20 e 25 anos, estavam na cidade de Izmir, um dos principais palcos de confrontos entre a polícia e manifestantes. Segundo parentes, que se reuniram em frente à delegacia da cidade, alguns dos presos não têm conta no Twitter. Eles ressaltaram que alguns dos tuítes que levaram às detenções compartilhavam informações e números de contato de médicos e advogados voluntários. Outras mensagens alertavam para a presença da polícia em determinado local de protesto, marcavam encontros e avisavam sobre o bloqueio de ruas.
Advogados dos jovens dizem que as acusações não têm fundamento. “Eu olhei os arquivos e examinei os tuítes. Não há nada lá que incite as pessoas. São apenas sentimentos que todos compartilhamos”, afirmou um dos advogados. Outro disse acreditar que as prisões sejam uma consequência dos recentes comentários do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, sobre as redes sociais. Em um discurso na TV, ele chamou o Twitter de “ameaça” e disse que o site reúne mentiras.
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