A menos de um mês das eleições presidenciais nos EUA, Hollywood lança mão de humor e ficção para abordar temas políticos. Segundo Robert Thompson, professor de mídia e cultura popular da Universidade Syracuse, existe um consenso de que este seria um momento propício para que lançamentos cinematográficos com temática política sejam sucesso de bilheteria.
Na próxima semana, estréia no país o longa W, de Oliver Stone, sobre a vida do presidente republicano George W. Bush. O filme aborda a fé do presidente, seu casamento e a fase que antecedeu a invasão do Iraque, em 2003 – e, para o produtor-executivo Tom Ortenberg, reflete a vida real. ‘Não planejamos moldar a sociedade; mas nós a refletimos’, defende. ‘Este filme é uma análise de como um homem como George Bush tornou-se presidente e, francamente, como qualquer pessoa pode se tornar um presidente’.
Na semana passada, chegaram às telonas americanas An American Carol, do diretor David Zucker, e o documentário Religulous, do apresentador Bill Maher. An American Carol apresenta uma versão fictícia do documentarista Michael Moore, que, no filme, cai de amores pelos EUA. No mês passado, o próprio Moore lançou o documentário Slacker Uprising gratuitamente na internet. Apenas nos primeiros três dias online, dois milhões de pessoas assistiram ao vídeo.
‘É bom ir a um cinema de um shopping em uma cidade pequena e ver algo além de helicópteros explodindo ou Julia Roberts se apaixonando’, alfineta Thompson. ‘Acho bom o fato de estarmos fazendo filmes de qualidade e viáveis sobre a experiência cívica’. Informações de Alex Dobuzinskis [Reuters, 5/10/08].