A presidente filipina, Gloria Macapagal Arroyo, anunciou, na semana passada, a criação de um fundo ‘da liberdade de imprensa’ para ajudar na solução de assassinatos de jornalistas no país. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas classificou as Filipinas como o país mais perigoso para jornalistas, com 18 assassinatos de profissionais da imprensa nos últimos cinco anos. Apenas este ano, cinco jornalistas foram mortos, e pelo menos quatro sobreviveram a atentados.
O fundo será usado para comprar informações que levem à captura dos criminosos, para a proteção de testemunhas e para fornecer auxílio financeiro para os filhos dos jornalistas mortos. Segundo Inday Espina-Varona, presidente da União Nacional dos Jornalistas das Filipinas, ‘o fundo é um passo em direção à solução da crise de liberdade de imprensa do país’. Informações da Reuters [16/5/05].
Morte de fotógrafa segue sem solução no Irã
O caso da fotojornalista Zahra Kazemi, morta no Irã em 2003 sob custódia do Estado, continua em aberto, anunciou na semana passada o porta-voz do judiciário iraniano, Jamal Karimi-Rad. Zahra, que tinha cidadania iraniana e canadense, morreu depois de ser presa e interrogada. A família da fotógrafa rejeitou o resultado do primeiro julgamento – com apenas um acusado – alegando provas insuficientes e quer que a justiça intime duas testemunhas-chave para o caso: o temido promotor-chefe do Teerã, Said Mortazavi, que pode ter participado do interrogatório de Zahra, e o ministro da Saúde, Masud Pezeshkian, que viu seu cadáver. Informações da Radio Free Europe [18/5/05].
Jornalistas ameaçados na Colômbia
Três importantes jornalistas colombianos receberam ameaças de morte na semana passada, informa a organização em defesa dos direitos humanos Human Rights Watch [18/5/05]. Hollman Morris, Daniel Coronell e Carlos Lozano receberam, em casa e em seus locais de trabalho, coroas fúnebres e bilhetes de condolências. Os três afirmaram que também têm recebido ameaças anônimas por telefone.
O incidente prejudica a liberdade de imprensa na Colômbia, afirma a organização. O presidente do país, Alvaro Uribe, condenou as ameaças e prometeu investigá-las e aumentar a segurança dos jornalistas. Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas [18/5], Coronell, Lozano e Morris ‘são reconhecidos pela independência e por investigações contra a corrupção política, o narcotráfico e a guerra civil em curso’. Coronell é diretor do programa de TV Noticias Uno e colunista da revista Semana; Lozano dirige o jornal comunista Voz; e Morris – premiado este ano pela Human Rights Watch pelos riscos que enfrenta ao cobrir temas relacionados aos direitos humanos – é diretor do noticiário televisivo Contravia, no Canal Uno.