Começou na segunda-feira (29/8) em Manágua a sétima reunião interna dos Observatorios en Red − Medios de Comunicación en América Latina, organização que articula representações de onze países.
Estavam presentes Adrián Uriarte, Amalia Hernández e Guillermo Rothschuh Villanueva (Observatorio de Médios, Nicarágua), Andrés Cañizales (Universidad Católica Andrés Bello, Venezuela), Antonio Roveda (Pontifícia Universidad Javeriana, Colômbia), Beatriz Solis (Amedi − Associación Mexicana de Derecho a La Información), Erick Torrico (Onadem − Observatorio Nacional de Medios, Bolívia), Mauro Malin (Observatório da Imprensa, Brasil), Paola Aguilar (Fundamedios − Fundación Andina para la Observación y Estudio de Medios, Quito, Equador), Rosa Maria Alfaro e Virna Valdivia (Calandria, Associación de Comunicadores Sociales, Peru, entidade responsável pela organização do encontro), Sandra Peñaherrera (Fundación Gamma, Cuenca, Equador) e Tatiana Merlo (Instituto de Investigación de Medios, Argentina).
A jornalista mexicana Sara Lovera, veterana feminista, é a convidada especial do evento, cuja pauta inclui uma discussão sobre Gênero e Jornalismo. A rede, criada em 2007, inclui ainda entidades do Chile (Observatorio de Medios Fucatel) e da Guatemala (Centro Civitas).
Nicarágua, México e Venezuela
O tema principal da primeira jornada de trabalho foi o monitoramento dos processos eleitorais, passados ou em curso, nos diferentes países. Ficou evidenciada a extrema diversidade de situações.
Entre os relatos que despertaram maiores preocupações quanto ao próprio desenrolar político dos processos estavam os que trataram do México (Beatriz Solis), onde haverá eleições presidenciais em 2012 e entrou em vigor nova legislação; da Nicarágua, onde o governo fez do título eleitoral o substituto da carteira de identidade dos cidadãos e atrasou a entrega dos documentos, o que tem gerado conflitos, com intervenção policial e das Forças Armadas; e da Venezuela, onde, segundo as informações disponíveis, a própria data da eleição, marcada para 2012, ainda não está definida. Dependeria “da evolução da doença do presidente”. Hugo Chávez, que se trata de um câncer, será candidato à segunda reeleição.
Os processos recentes do Brasil e do Peru também foram abordados, assim como os conflitos cada vez mais agudos entre o presidente Rafael Correa e a mídia equatoriana. A reunião tratou ainda das estratégias possíveis para dar visibilidade a Observatorios en Red nos meios de comunicação de toda a América Latina.