A Vila Sésamo, um dos programas infantis mais tradicionais dos EUA, irá estrear na Nigéria sob o nome de Praça Sésamo e, para fazer companhia aos personagens Garibaldo, Elmo, Bel, Beto e Grover, foram criados personagens que refletem a realidade local: a menina Kami, portadora do HIV, e Zobi, que é obcecado por inhames.
Em um país com população de mais de 150 milhões – dos quais quase metade tem menos de 14 anos –, o programa abordará alguns dos maiores desafios enfrentados pelos jovens na região: Aids, malária, desigualdade de gênero e diferenças religiosas. ‘Temos um conceito muito focado em saúde e higiene, no qual estamos nos concentrando’, comentou a diretora de projetos internacionais do Sesame Workshop, Naila Farouky. ‘Isto foi algo priorizado por nossos conselheiros locais’.
Lições
Em um episódio, Zobi fica enroscado em uma tela de mosquito, para diversão da criançada. Mas há uma mensagem importante por trás da cena: as redes são a melhor maneira de prevenir a infecção por malária em um continente no qual, segundo a Organização Mundial de Saúde, uma criança morre a cada 45 segundos por conta da doença. Há, ainda, 278 mil crianças infectadas pelo vírus da Aids na Nigéria.
O Sesame Workshop, organização sem fins lucrativos por trás do Vila Sésamo, recebeu US$ 3,3 milhões da Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID) e do plano de emergência para assistência à Aids, do governo do presidente Barack Obama, para produzir o programa por cinco anos. Informações de George Webster [CNN, 6/10/10].