A história de Judith Miller no caso Valerie Plame ainda não chegou ao fim, segundo artigo de David Johnston no New York Times [7/10/05]. A repórter do Times, que passou três meses presa por se recusar a relevar sua fonte à justiça, foi chamada para uma conversa com o promotor responsável pela investigação, Patrick Fitzgerald, na próxima terça-feira (11/10). Fitzgerald quer mais detalhes de Judith sobre a revelação, na semana passada, da identidade de sua fonte, identificada como Lewis Libby, chefe de gabinete do vice-presidente dos EUA. Segundo advogados ligados ao caso, o promotor não deu nenhuma indicação de que voltaria a convocar a repórter para um novo testemunho ao grande júri.
Fitzgerald convocou o assessor político e amigo do presidente George W. Bush Karl Rove para um novo depoimento na próxima semana. Rove, que já testemunhou três vezes diante do grande júri, foi citado no depoimento do jornalista da revista Time Matthew Cooper, em julho deste ano. O repórter teria conversado com o assessor político na ocasião em que a identidade da agente da CIA Valerie Plame foi revelada pela imprensa.
A identidade de Valerie foi publicada pela primeira vez pelo colunista Robert Novak, reproduzido por diversos jornais nos EUA, em julho de 2003. Judith e Cooper, apesar de não terem escrito nenhuma matéria a respeito, também receberam a informação da identidade da agente – algo que, em determinadas circunstâncias, é proibido pela lei americana. Segundo advogados, a nova convocação de Rove pode indicar uma inclinação de Fitzgerald para incriminar alguém pelo vazamento da informação.