Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Promotor pede quebra de sigilo telefônico

O promotor americano Patrick Fitzgerald argumentou, na semana passada, que o governo deve ter o direito de quebrar o sigilo telefônico do New York Times para identificar uma série de fontes anônimas usadas para fazer reportagens sobre fundações islâmicas nos EUA, segundo informa a AP [20/1/05]. O alvo do promotor não é o jornal nem os repórteres Judith Miller e Philip Shenon, autores das matérias. Fitzgerald quer saber quem do governo deixou vazar quais eram as instituições islâmicas investigadas após os ataques de 11 de setembro de 2001. O advogado dos jornalistas, Floyd Abrams, contra-argumentou que, ao revelar a identidade de fontes sigilosas, eles estariam se prejudicando profissionalmente, pois perderiam a confiança de seus informantes.



Jornalista se recusa a testemunhar

O jornalista Martin Bashir, que em 2003 produziu o documentário Living With Michael Jackson para a BBC, pediu ao juiz que negue o pedido da promotoria para que ele testemunhe no julgamento do cantor, acusado de pedofilia. Segundo a AP [19/1/05], os promotores têm interesse de que Bashir testemunhe sobre as partes da filmagem no rancho Neverland e da entrevista com Jackson que não foram selecionadas para a edição final, mas o jornalista declarou que seu trabalho fala por si só e que, de acordo com a lei da Califórnia, um jornalista não pode ser forçado a testemunhar sobre aquilo que observa quando está cobrindo uma matéria. Funcionários da ABC News, onda Bashir trabalha hoje, afirmaram que também irão lutar contra o pedido da promotoria. A petição do jornalista será ouvida em 28/1.