O jornalista e publisher croata Ivo Pukanic foi morto na quinta-feira (23/10) em um ataque a bomba em frente à redação do jornal semanal Nacional em Zagreb. O diretor de marketing do jornal, Niko Franjic, também foi morto no atentado. Pukanic era considerado um dos mais controversos jornalistas da Croácia. Em abril, ele havia sobrevivido a outro ataque, com tiros, também em Zagreb. Na ocasião, o agressor não foi encontrado.
O presidente do país, Stipe Mesic, condenou o crime. ‘Com o assassinato do jornalista e publisher Ivo Pukanic e do especialista em marketing Niko Franjic, o terrorismo chegou às ruas da capital croata’, declarou. O primeiro-ministro, Ivo Sanader, convocou uma reunião especial do conselho de segurança nacional, no fim da semana, para discutir a onda de assassinatos ‘ao estilo da máfia’ em Zagreb. Outros crimes do tipo ocorreram na capital nas últimas semanas, entre eles o assassinato da filha de um importante advogado.
Sem aviso
Segundo a polícia, Pukanic não havia reportado nenhum tipo de ameaça ou indicação de que um ataque poderia ocorrer. Duas outras pessoas ficaram feridas no atentado, feito com um carro-bomba. Nenhum grupo assumiu a autoria do crime, e, por enquanto, a polícia não descarta nenhum motivo.
Segundo a Associação dos Jornalistas Croatas, Pukanic, de 47 anos, é o primeiro jornalista croata morto no país desde a guerra, entre 1991 e 1995. O dono do Nacional ganhou destaque em 2003, quando publicou uma entrevista com o ex-general croata Ante Gotovina – dois anos depois de ele fugir do país, acusado de crimes de guerra. Informações de Lajla Veselica [AFP, 23/10/08].