Um banho de sangue. Assim a organização Press Emblem Campaign (PEC) definiu o ano de 2009 com relação à morte de jornalistas por conta de seu trabalho. Se em 2008 foram 45 profisionais de imprensa mortos nos primeiros seis meses do ano, em 2009 este número aumentou para 53 até junho. Em julho, foram mais seis assassinatos.
O México lidera a lista, com sete jornalistas mortos. No Paquistão, foram seis; Filipinas, Iraque, Rússia e Somália contabilizam cinco, cada; Gaza e Honduras, quatro; três na Colômbia; Afeganistão, Guatemala, Nepal, Sri Lanka e Venezuela têm dois, cada; e Indonésia, Índia, Quênia, Quirguistão e Madagascar, um.
A PEC, que tem sede em Genebra, já chamou a atenção de organizações internacionais – oficiais e independentes – além da ONU de que é preciso conter este ‘banho de sangue de jornalistas’. O aumento das mortes este ano refletiria os conflitos na Somália, Gaza, Paquistão e Sri Lanka.
Em lugares como Filipinas, México e Rússia, entretanto, a violência contra jornalistas virou algo rotineiro. O presidente da organização, Hedayat Abdel Nabi, diz que o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas é ‘impotente’ na proteção a profissionais de imprensa. Informações da AFP [23/7/09].