O jornalista cubano Raúl Rivero, preso em 2003, voltou a escrever para a Associação Interamericana de Imprensa, da qual foi reeleito vice-presidente regional do Comitê para Liberdade de Imprensa e Informação. Condenado a 20 anos de prisão com um grupo de 75 intelectuais e jornalistas dissidentes do governo de Fidel Castro, ele foi libertado em dezembro do ano passado. Segundo a Editor & Publisher [28/1/05], o primeiro artigo do jornalista após sua soltura, sob o título ‘Ilusões encontradas’, conta a história do início das agências de notícias independentes em Cuba, seus problemas ao enfrentar a repressão da polícia e do governo e a falta de treinamento profissional para garantir a qualidade do trabalho. Hoje, Rivero publica seu trabalho no sítio de internet Informecuba, com sede em Miami.
Irã bate recorde de repressão a jornalistas
A organização Repórteres Sem Fronteiras [28/1/05] publicou nota condenando o governo do Irã pelas diversas detenções sofridas pelo jornalista Taghi Rahmani. Desde 1981, Rahmani já passou um total de cinco mil dias na prisão. Todas as condenações estavam relacionadas a seu trabalho. Desta vez, o jornalista está preso há 19 meses, sem acusação oficial. Organizações internacionais de defesa do direito à liberdade de imprensa exigem das autoridades iranianas a libertação imediata e incondicional de Rahmani. Hoje, o Irã é o país do Oriente Médio que mais mantém jornalistas presos – são 10 ao todo – e está entre os 10 países mais repressivos à liberdade de imprensa no mundo, segundo a RSF.