Sunday, 17 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Rebekah Brooks declara-se inocente de cinco acusações

Rebekah Brooks, ex-executiva-chefe da News International, declarou-se inocente de cinco acusações criminais em três investigações policiais separadas. Ela compareceu a uma corte britânica esta semana para uma audiência de duas horas, junto com outros réus, como seu marido, Charlie Brooks, treinador de corrida de cavalos e amigo do primeiro-ministro David Cameron.

Por nove anos, Rebekah foi editora do News of the World e do Sun, até comandar o braço britânico de jornais do grupo do magnata Rupert Murdoch. As acusações eram relacionadas a uma suposta conspiração para grampear telefones entre outubro de 2000 e agosto de 2006; ao pagamento de funcionários públicos em troca de informações; e por obstrução da justiça, depois que ela foi detida, em julho de 2011, para interrogatório por conta dos supostos grampos telefônicos. Outras seis pessoas ligadas a ela também sofreram acusações: sua ex-secretária, Cheryl Carter; seu marido; o chefe de segurança da News International, Mark Hanna; o assessor de segurança, Lee Sandell; o motorista Paul Edwards; e seu ex-guarda-costas, David Johnson. Todos declararam-se inocentes.

Outros ex-funcionários da News International, entre jornalistas e executivos, também compareceram ao tribunal esta semana para responder a acusações relacionadas aos grampos telefônicos ilegais no News of the World, na investigação batizada de Operação Weeting. O ex-chefe de redação Stuart Kuttner e os repórteres James Weatherup e Clive Goodman – que cobria a família real – disseram ser inocentes.

O escândalo dos grampos provocou o fechamento do News of the World, em 2011, e deu início ao Inquérito Leveson, aberto a pedido do primeiro-ministro britânico para investigar os padrões éticos da imprensa no país.

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