A Press Complaints Commission (PCC), agência que fiscaliza a mídia britânica, divulgou esta semana um novo guia para ajudar pessoas de luto a lidar com o assédio da imprensa. “A morte de um ente querido é uma situação terrível para se enfrentar, e nós queremos garantir nossa ajuda efetiva para pessoas que têm de lidar com o assédio da mídia em um momento difícil”, afirmou o diretor da PCC, Stephen Abell.
A comissão usou como base um relatório antigo sobre o tema, intitulado “Atenção da mídia após uma morte”, e fez uma ampla pesquisa para fazer com que o guia sirva de apoio a pessoas que acabaram de perder alguém próximo. De acordo com a PCC, é comum haver casos de estresse de parentes de luto diante das solicitações de repórteres e fotógrafos. Ainda que, normalmente, este interesse tenha uma razão jornalística legítima, muitas vezes as pessoas não sabem como lidar com ele. Para a comissão, estas pessoas deveriam ter informações suficientes para se sentirem protegidas.
Como funciona
Além de contar com a ajuda de representantes da polícia, parlamentares e até do Facebook, a elaboração do guia teve também o apoio de um jornalista que passou pelo outro lado da situação, quando um membro de sua família foi morto em um acidente. O documento também traz os pontos de vista dos editores de veículos de mídia, para que o público possa compreender como funciona a cobertura jornalística.
Nele é explicado o que a imprensa deve fazer se um amigo ou parente de luto quiser falar com os jornalistas e o que fazer se ele não quiser; e como se evitar o assédio indesejado de repórteres e fotógrafos. São fornecidas ainda informações sobre conteúdo disponível nas redes sociais na internet – e como o Facebook restringe o acesso a um perfil de uma pessoa que morreu.
Além de disponibilizado para download no site da PCC, o guia também será distribuído em todo o Reino Unido, incluindo os escritórios de imprensa da polícia britânica. Com informações de Roy Greenslade [Guardian, 14/6/11].