David Ashenfelter, repórter do jornal Detroit Free Press, não atendeu, na semana passada, a uma intimação judicial para informar suas fontes confidenciais no tribunal. Em 2004, Ashenfelter publicou uma reportagem sobre um inquérito do Departamento de Justiça dos EUA contra o procurador Richard Convertino, acusado de ocultação de provas em um caso de terrorismo em Detroit. Convertino, por sua vez, abriu uma ação contra o Departamento de Justiça para descobrir quem forneceu informações sobre a investigação à imprensa. Ele alega que seu direito à privacidade foi violado.
O procurador conduziu o primeiro grande julgamento de terrorismo após o 11 de setembro, nos EUA, sobre uma invasão em um apartamento de Detroit menos de uma semana depois dos ataques, onde teriam sido encontradas evidências para um outro plano terrorista. Convertino renunciou em 2005. Diante da recusa do jornalista em informar suas fontes, o advogado do procurador, Stephen Kohn, alegou que irá entrar com uma ação de desobediência judicial. ‘Esperamos por uma hora para que ele aparecesse [na audiência]’, contou.
Ashenfelter foi informado de que deveria testemunhar em agosto. Segundo o juiz Robert Cleland, de Michigan, a lei de proteção de fontes não é reconhecida no estado. No entanto, o advogado do repórter, Herschel Fink, afirmou que ele já havia deixado claro que não compareceria ao tribunal, sob alegação de que seu depoimento não pode ser forçado. Informações de Ed White [AP, 16/10/08].