A jornalista Ein Khaing Oo, detida há cinco meses por cobrir um protesto contra o governo de Mianmar, foi condenada na semana passada a dois anos de prisão. Em um julgamento a portas fechadas, Ein recebeu a sentença na sexta-feira (14/11). Ela foi condenada por acusações de ‘distúrbio da paz’. A repórter, que trabalhava na revista semanal Eco Vision, foi presa em junho quando cobria um protesto de vítimas do ciclone Nargis em frente a um escritório da ONU. Os manifestantes acusavam a junta militar que governa Mianmar de não prestar assistência – e não permitir ajuda internacional – às vítimas do ciclone, que atingiu o país em maio. De acordo com dados oficiais, mais de 84 mil pessoas morreram com a passagem do Nargis e cerca de 2,4 milhões de pessoas foram gravemente afetadas por ele. Estima-se que o prejuízo tenha chegado a US$ 4 bilhões. Apenas na semana passada, em diversos tribunais em Mianmar, mais de 50 ativistas pró-democracia foram condenados a longas sentenças de prisão. Informações da AP [15/11/08].
Muçulmanos planejam rede islâmica na Europa
Cerca de 30 representantes da mídia muçulmana e de grupos comunitários europeus participaram, na sexta-feira (14/11), de um encontro em Madri para discutir a criação de uma rede de comunicação islâmica de alcance europeu. O encontro foi mediado pelos diretores dos dois principais sítios de notícias e networking muçulmanos na França e Espanha – Mohammed Colin, do francês SaphirNews, e Yusuf Fernandez, do espanhol Webislamica. ‘Esperamos poder criar um maior entendimento da fé islâmica e fornecer informações sobre o Islã em nível europeu’, resumiu Colin. Os participantes da reunião discutiram um ‘quadro de valores’ para a rede, que será baseada no ‘pluralismo e na liberdade de expressão’. Cerca de 20 milhões de muçulmanos vivem hoje na Europa. A França tem a maior população muçulmana do continente, com cinco milhões de pessoas, seguida pelo Reino Unido e pela Alemanha, com três milhões, cada. Informações da AFP [15/11/08].