O grupo insurgente Talibã negou, no domingo (21/6), qualquer envolvimento no sequestro do jornalista David Rohde, do New York Times. Rohde e o jornalista afegão Tahir Ludin, que foram capturados nas proximidades de Cabul, escaparam do cativeiro na região do Waziristão do Norte, no Paquistão, após sete meses em poder dos sequestradores.
Suspeitava-se da participação do Talibã porque o grupo é responsável por grande parte dos sequestros no Afeganistão, como parte de seu movimento contra o governo de Cabul – tirados do poder em 2001, os membros do Talibã usam os sequestros para obter dinheiro e como meio de barganha para tirar colegas de prisões afegãs. ‘Quando eles foram sequestrados, nós não assumimos a responsabilidade. E agora não sabemos como foram libertados ou escaparam. Não estamos envolvidos de nenhuma maneira e não sabemos quem os sequestrou’, afirmou por telefone à agência AFP Zabihullah Mujahed, porta-voz do Talibã.
Rohde e Ludin fugiram do cativeiro na sexta-feira (19/6) e encontraram um militar paquistanês que os levou até uma base do Exército próxima. De lá, eles foram de avião até a base americana em Bagram, no Afeganistão. Rohde, de 41 anos, está em boas condições de saúde, enquanto Ludin machucou o pé durante a fuga. O motorista afegão sequestrado junto com os dois não escapou com eles.
Ainda que algumas notícias sobre o sequestro tenham chegado à internet, o New York Times diz que tentou manter a discrição sobre o caso por temer pela segurança dos reféns. O governo do Afeganistão disse ter feito o melhor para libertar o trio, mas ressaltou que não teve papel direto na soltura, já que eles eram mantidos em outro país. Informações da AFP [21/6/09].