O jornalista francês Christian Chesnot, que ficou por quatro meses em poder de seqüestradores no Iraque e foi libertado em 21/12, afirmou em entrevista ao jornal árabe Asharq al-Awsat que entre seus captores estavam militantes ligados à al-Qaeda e ex-integrantes do Baath, partido de Saddam Hussein.
Chesnot, que trabalha para a Radio France Internationale, foi seqüestrado com o também francês Georges Malbrunot, repórter de Le Figaro, quando viajava de Najaf para Bagdá. O grupo que os capturou se intitulava Exército Islâmico do Iraque e exigia que o governo francês voltasse atrás na proibição do uso do véu islâmico nas escolas públicas do país, condição que não foi cumprida. Este mesmo grupo seqüestrou outros ocidentais, entre eles o jornalista italiano Enzo Baldoni, assassinado em agosto.
‘Alguns deles eram jovens que nos contavam que haviam aprendido a fazer explosivos em treinamento no Afeganistão e se referiam a Osama bin Laden como xeque Osama’, afirmou Chesnot, complementando que nem ele ou seu colega foram maltratados no cativeiro.
Os dois jornalistas são fluentes na língua árabe e trabalharam por muito tempo no Oriente Médio. Em 2003, Chesnot e Malbrunot lançaram o livro L´Irak de Saddam Hussein: portrait total (O Iraque de Saddam Hussein: um retrato completo). Informações da Reuters [30/12/04].