Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Repórter do Post ganha tempo para depor

A juíza Rosemary Collyer concedeu ao repórter do Washington Post Walter Pincus mais tempo para conseguir autorização para identificar suas fontes no caso do cientista nuclear Wen Ho Lee no tribunal. Em vez das 48 horas originais concedidas pela juíza para que Pincus procurasse suas fontes, o repórter terá 10 dias.

Baseados em informações cedidas por fontes anônimas, Pincus e outros quatro jornalistas – H. Josef Hebert, da Associated Press, James Risen, do New York Times, Robert Drogin, do Los Angeles Times, e Pierre Thomas, que na época trabalhava na CNN e hoje é funcionário da ABC – assinaram matérias em 1999 revelando uma investigação criminal sobre o possível roubo de segredos nucleares para a China e identificando Lee como o principal suspeito. O cientista trabalhava então no laboratório de armas nucleares de Los Alamos. As acusações não foram comprovadas e hoje ele processa os departamentos de Energia e Justiça americanos pelo vazamento da informação.

Para continuar com sua ação, Lee precisa da colaboração dos jornalistas. No início deste mês, o tribunal rejeitou o pedido dos quatro outros repórteres envolvidos no caso para não serem obrigados a testemunhar sobre suas fontes confidenciais. Na decisão de também obrigar Pincus a revelar suas fontes, na semana passada, a juíza Rosemary afirmou que ele não era diferente dos outros e por isso não deveria ter tratamento privilegiado. Mas a juíza suspendeu, durante o período que Pincus tem para procurar suas fontes, a multa de US$ 500 que ele teria que pagar por cada dia que se recusasse a testemunhar. Informações de Charles Lane [Washington Post, 19/11/05].