Diversos jornais britânicos foram impedidos de entrar no Zimbábue para cobrir o campeonato inglês de críquete e, ainda assim, a diretoria do tour decidiu continuar as atividades previstas. Segundo a BBC [23/11/04], o governo do Zimbábue negou 13 dos 36 pedidos, incluindo os da BBC, do Times, do Telegraph, do Sun e do Mirror. A entrada foi permitida aos outros veículos, incluindo o Daily Express, o Daily Mail, o Independent e o Guardian, além de repórteres de agências, como Reuters e AP.
Os pedidos de visto para imprensa têm sido feitos pela diretoria de críquete dos dois países há duas semanas. O Conselho Internacional de Críquete (ICC) disse que está buscando esclarecimento urgente do governo do Zimbábue sobre o motivo de sua decisão. A questão já foi discutida pela diretoria da ICC duas vezes este ano. O presidente da ICC afirmou que ‘todos os países reconhecem que os regulamentos de mídia do governo do Zimbábue são diferentes dos impostos em outros países que praticam o críquete’. Contudo, eles aceitam os esforços da liga de críquete do Zimbábue em ajudar os jornalistas que cobrem o esporte a conseguirem vistos para entrar no país.
Segundo Owen Gibson [The Guardian, 25/11/04], funcionários do governo disseram que os 13 jornalistas em questão foram inicialmente barrados por falta de informações suficientes em seus formulários de pedido, mas todos os detalhes foram esclarecidos agora.
O ministro da Informação do Zimbábue citou motivos políticos para não ter deixado que esses jornalistas entrassem no país, mas a seleção parece ter sido totalmente arbitrária. A decisão de reverter a situação parece ter sido impulsionada pela indicação da ICC de fazer vista grossa a qualquer tentativa de boicote ao tour se a imprensa não pudesse entrar no país.