No dia 5/1, John Dickerson, repórter político da Slate, enviou a seguinte ‘micronotícia’ para a revista online: ‘Acabei de ver o [âncora do canal conservador Fox News] Bill O’Reilly comportar-se mal no comício do [pré-candidato democrata Barack] Obama. Ele empurrava um assessor de Obama’. Dickerson enviou a notícia do seu BlackBerry para o Twitter – serviço que transmite pequenas mensagens –, que a distribuiu para o celular de seus amigos da rede social online Facebook e de leitores da Slate. A revista também divulga as mensagens do Twitter em seu sítio. ‘Como jornalistas, devemos levar as pessoas a lugares onde elas não podem ir. O uso de mensagens de texto é muito mais autêntico, porque é realmente de dentro do local onde está acontecendo a notícia’, diz ele.
Em dezembro, Dickerson era um dos poucos a usar o microblog na cobertura da campanha presidencial, enviando mensagens em tempo real para jornais online. No começo do ano, o uso de mensagens de até 140 caracteres passou a ser usado pela repórter Ana Marie Cox, do sítio da Time e, há duas semanas, por Marc Ambinder, do blog The Atlantic. ‘Acho que é um meio de atrair tráfego para o sítio’, afirma Ambinder.
Ana Marie nota que a escrita usada no Twitter assemelha-se à usada em uma tecnologia antiga, o telégrafo. ‘É um sinal que mostra a impaciência desta geração’, opina ela. ‘Não é preciso nem ligar o computador e a mensagem não tem mais de 140 caracteres’. Informações de Noam Cohen [The New York Times, 21/1/08].