Fotógrafos e cinegrafistas que cobrem o vazamento de petróleo no Golfo do México afirmam que têm sido impedidos de registrar os resultados do desastre ambiental. Autoridades federais e locais, incluindo a guarda costeira, estariam tentando evitar a chegada dos profissionais de imprensa a praias atingidas pelo vazamento e os proibindo de sobrevoar a região.
A guarda costeira insiste que tem, junto com a companhia britânica BP, dona do poço onde ocorre o vazamento, feito o melhor possível para auxiliar os jornalistas que cobrem o caso. ‘Pelo menos 400 membros da imprensa puderam ver o vazamento em aviões da BP ou helicópteros da guarda costeira’, afirmou um representante, que defendeu as restrições a vôos particulares – que precisam de permissão para sobrevoar parte do Golfo – como uma medida de segurança necessária. Repórteres e fotógrafos afirmam que a BP determina o que eles podem ver, já que são sempre acompanhados por funcionários da companhia.
Ameaças
Nas últimas duas semanas, uma equipe da rede americana CBS foi ameaçada de prisão quando tentava filmar uma praia coberta de petróleo. O repórter Mac McClelland também foi proibido pela polícia de visitar uma ilha na Louisiana. Além disso, representantes da BP descobriram que um fotógrafo do jornal Times-Picayune, de New Orleans, estaria em um vôo particular para sobrevoar o oceano e emitiram uma proibição temporária para a empresa dona do avião. Informações de Roy Greenslade [Guardian.co.uk, 28/5/10].