Após três anos de corte de custos e reorganização, a agência de notícias Reuters anunciou que planeja contratar 100 profissionais. As novas contratações levarão o número de jornalistas na agência para 2.400 – divididos em 196 escritórios em cerca de 130 países. Ainda assim, o número continua baixo se comparado aos 2.500 profissionais que trabalhavam para a Reuters há seis anos. ‘Em um momento em que outras organizações de mídia diminuem, nós estamos expandindo nosso alcance global’, afirma David Schlesinger, chefe das operações editoriais da agência.
A companhia irá contratar 21 jornalistas para cobertura política e de notícias em geral pelo mundo e 12 novos editores para coordenar as operações globais a partir de Cingapura. Serão chamados também jornalistas especiais para escrever sobre religião, terrorismo, saúde e entretenimento. Para seu serviço de informações do mercado financeiro, a agência irá recrutar jornalistas especializados na área. Outros profissionais serão chamados para trabalhar na China e Índia.
‘Este é realmente o século da China’, explica Schlesinger. ‘Nós teremos de 160 a 170 jornalistas no país. Quando eu era chefe da sucursal de Pequim, na década de 90, nós tínhamos quatro pessoas em Pequim, quatro em Hong Kong e três em Taiwan’, conta ele.
Fundada por Paul Julius Reuters em 1851, para transmitir informações do mercado de ações de Londres a Paris, hoje a agência tem expandido suas operações online para aumentar o alcance de suas notícias pelo mundo.
Copa e Olimpíadas
A companhia também irá expandir sua cobertura esportiva, com três jornalistas nos EUA, um em Pequim, e um editor em Cingapura. Tudo para se preparar para as Olimpíadas de Pequim, em 2008. Para a Copa do Mundo da Alemanha também foram feitos preparativos especiais. A Reuters terá 56 fotógrafos no torneio, além de 11 profissionais da Action Images, agência de fotografia esportiva londrina comprada por ela em setembro do ano passado.
A cobertura contará também com 10 profissionais de vídeo e 40 jornalistas escrevendo as notícias em quatro idiomas. ‘Cinco minutos depois que a ação ocorrer no campo, nós teremos a imagem no nosso site para os nossos clientes’, afirma Monique Villa, diretora da Reuters Media, divisão que cobre as operações de imagens e transmissão online. Informações de Stephen Brook [The Guardian, 30/5/06].