O semanário italiano Panorama, que pertence à editora Mondadori, do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, publicou artigo nesta sexta-feira [29/1] afirmando que há uma investigação em andamento para descobrir se inimigos políticos do premiê teriam tentado prejudicá-lo usando uma prostituta de luxo. Berlusconi virou alvo de um escândalo, há alguns meses, envolvendo a prostituta Patrizia D’Addario, que foi à mídia contar sobre festas na casa dele e de uma noite que passaram juntos.
A reportagem, publicada também no jornal Il Giornale, que pertence ao irmão de Berlusconi, diz que Patrizia estaria sendo investigada, assim como uma dezena de jornalistas, magistrados e políticos que estariam envolvidos em um suposto plano para manchar a reputação do premiê. A prostituta teria sido selecionada por inimigos de Berlusconi para se aproximar dele e difamá-lo. O artigo, entretanto, não citou nomes dos supostos envolvidos no plano.
Patrizia surgiu na mídia afirmando ter feito gravações de seu encontro com Berlusconi logo depois de a mulher do primeiro-ministro, Veronica Lario, anunciar publicamente que pediria o divórcio por conta da queda do marido, de 73 anos, por mulheres mais jovens. Diversas mulheres foram a público contar que tinham sido pagas para comparecer a festas nas casas de Berlusconi em Roma e na Sardenha.
O líder italiano já afirmou que nunca pagou por sexo e se diz vítima de um escândalo forjado. Patrizia diz que resolveu divulgar sua relação com Berlusconi porque ele não cumpriu uma promessa de ajudá-la com um problema imobiliário, e ressaltou que grava todos os encontros com clientes para proteção própria.
A agência de notícias italiana ANSA citou fontes judiciais anônimas que negaram a existência da investigação. A Panorama declarou, em resposta, que mantém sua versão da história. Com informações da AP [29/1/10].