Os funcionários da revista virtual americana Slate estão radiantes. Sua antiga proprietária, a gigante Microsoft, decidiu vendê-la à Washington Post Company, que edita o jornal homônimo e a revista Newsweek. ‘Tivemos uma sorte incrível’, comenta o editor Jacob Weisberg em matéria de Jon Friedman, do Marketwatch [9/2/05]. Vendida por um valor entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões, o sítio era peixe pequeno para a companhia de Bill Gates, apesar de atrair 6 milhões de visitantes por mês. Mais interessada em produtos e serviços para um público de massa, a Microsoft não dava a devida atenção à Slate, publicação com artigos provocativos de política e cultura. ‘Com o crescimento da Microsoft, nos tornamos menos relevantes. Ficou difícil conseguir que eles dedicassem tempo a vender anúncios para nós’, conta Weisberg.
Quando a companhia resolveu se desfazer da revista virtual, seis compradores se apresentaram, mesmo com o complicador de que a redação fica no estado de Washington, fora do eixo principal da mídia dos EUA. O gerente-geral da divisão de internet da Microsoft, Scott Moore, conta que a Slate só seria vendida se houvesse certeza de que o novo dono teria condições de mantê-la com a mesma qualidade. Por isso, a oferta da Washington Post Company foi bem recebida.