Traumatizado com o seqüestro da escola de Beslan, no início de setembro, o Parlamento russo debateu a criação de leis antiterrorismo na semana passada. Entre elas estão propostas que permitiriam que o país declarasse ‘estado de guerra’ e imporiam duras restrições para viagens e para a atuação da mídia. Em um dos planos, jornalistas de rádio e televisão seriam proibidos de reportar do local de uma tragédia até que a situação estivesse resolvida e sob controle. Dois terços dos parlamentares da Duma (câmara baixa do Parlamento), são membros do partido político United Russia, que apóia o presidente, Vladimir Putin. Este fato levou alguns analistas a levantarem a suspeita de que as supostas leis para combater o terrorismo seriam na verdade um plano para a centralização de poder do governo. Informações de Nick Paton Walsh [The Guardian, 23/9/04].
Repórter invade palácio na Escócia
Um jornalista disfarçado de operário conseguiu driblar a segurança do Palácio de Holyroodhouse, em Edimburgo, na Escócia. O Palácio é a residência oficial da Rainha no país. O repórter do jornal Sunday Times, que não teve sua identidade revelada, entrou no edifício na quarta-feira, 22/9, à tarde, e andou por cerca de 20 minutos em uma área restrita próxima aos aposentos Reais. Questionado por um verdadeiro operário de construção que trabalhava no local, conseguiu fugir. O editor do jornal, Les Snowdon, afirmou em uma declaração que o jornalista entrou no Palácio para testar sua segurança antes da visita que o príncipe de Gales faria na semana passada. Snowdon disse também que informou à polícia sobre a falha na segurança após o incidente. Segundo o Daily Telegraph [24/9/04], uma fonte na polícia criticou a atitude do jornal, já que ela acabou provocando confusão e perda de tempo do contingente policial.