Matérias inventadas, personagens fictícios e documentos forjados fazem parte de um tipo de jornalismo que tem escandalizado os EUA e abalado a credibilidade de conceituados veículos de comunicação, como o jornal New York Times e a rede de TV CBS. Mas, segundo matéria de Peter Johnson para o USA Today [2/2/05], elas são apenas lapsos de uma profissão altamente ética.
Pelo menos é o que afirmam os pesquisadores Lee Wilkins, da Escola de Jornalismo de Missouri, e Renita Coleman, da Universidade Estadual da Louisiana. Os dois aplicaram um teste padronizado em 249 repórteres de mídia impressa e televisão de diversas regiões americanas.
Chamado ‘Defining issues’, o teste já foi submetido a mais de 30 mil profissionais das mais diversas áreas de trabalho nos últimos 30 anos, e mede a reação das pessoas diante de dilemas éticos. Desta vez, os jornalistas conquistaram o 4° lugar no ranking, ficando atrás apenas de seminaristas, médicos e estudantes de Medicina.
Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos de jornalistas pesquisados – homens e mulheres, profissionais de televisão ou jornal etc. Mas os que costumam lidar com temas relacionados à cidadania ou com reportagens investigativas alcançaram notas mais altas do que os outros.