Com os índices de circulação caindo 2% ao ano, o Financial Times atravessa uma das piores crises de sua história. No Reino Unido, a venda em bancas de jornal mal alcança 100 mil exemplares. Especialistas já haviam notado a crise do jornal anos atrás, mas com um processo sofrido por causa de uma matéria publicada em agosto de 2003, que custou 240 milhões de libras, sua situação piorou.
Neste fim de semana, o Financial Times foi impresso pela primeira vez na Austrália. Sydney passa a ser o 24º lugar do mundo a abrigá-lo. Alguns especialistas questionam a eficácia desta estratégia internacional, considerando a queda nas vendas no próprio país.
Na opinião de Andrew Gowers, editor do jornal, os especialistas estão equivocados, já que, hoje em dia, 70% dos exemplares são vendidos fora do Reino Unido. Gowers ainda acrescentou que o Financial Times é o ‘único jornal diário do mundo a vender mais cópias fora do seu mercado de origem do que nele próprio’.
No entanto, apesar das ambições internacionais, Gowers considera que é necessário dar mais atenção ao Reino Unido e criar alternativas para ajudar a reerguer o Times. Informações de Ian Burrell [The Independent,14/9/04].