Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Sete condenados por assassinato de jornalista

Sete homens foram condenados pelo assassinato, em 2000, do jornalista Igor Domnikov. Repórter do jornal Novaya Gazeta, Domnikov costumava cobrir casos e suspeitas de corrupção governamental. Ele morreu dois meses depois de ter sido repetidamente golpeado na cabeça com um martelo, em frente ao edifício onde morava, em Moscou.

Na quarta-feira (29/8), tribunal na cidade de Kazan sentenciou quatro homens a prisão perpétua e três outros a penas de 18 a 25 anos de prisão. Eles foram condenados pela morte de 23 homens, incluindo Domnikov, e por oito seqüestros. Esta foi a primeira vez que suspeitos foram processados pela morte de um jornalista na Rússia desde que Vladimir Putin se tornou presidente, em 2000.

Represália

Para Joel Simon, diretor-executivo do Comitê para a Proteção dos Jornalistas, o veredicto no caso de Domnikov foi um ‘passo importante para a luta contra a impunidade nos assassinatos de jornalistas’. Segundo a organização, pelo menos 14 jornalistas foram mortos nos últimos sete anos em represália a seu trabalho. A liberdade de imprensa encolheu consideravelmente no país sob a administração de Putin. O governo hoje controla os maiores canais de televisão russos.

O líder da gangue julgada, Eduard Tagiryanov, que recebeu prisão perpétua, afirmou no tribunal que o assassinato de Domnikov foi encomendado pelo ex-vice-governador da região de Lipetsk, Sergei Dorovsky. Ele teria se irritado com uma série de artigos críticos a suas políticas. Dorovsky nega envolvimento no crime e nunca foi acusado formalmente por ele. Informações da AP [31/8/07].