A polícia de Moscou prendeu dois chechenos por suspeita de envolvimento no assassinato do jornalista americano Paul Klebnikov em julho deste ano. O editor da Forbes foi morto a tiros quando saía do escritório onde trabalhava. As prisões contribuem para as especulações de que o assassinato do jornalista foi uma represália à publicação do livro Conversations with a Barbarian (Conversas com um Bárbaro), onde Klebnikov afirma que alguns separatistas chechenos são antigos criminosos que se esconderam atrás da ideologia fundamentalista Islâmica. As alegações do livro são baseadas em 20 horas de entrevista com o primeiro-ministro da Chechênia, Khozh-Akhmed Nukhayev.
No apartamento dos suspeitos, foram encontrados explosivos e armas, uma das quais, a polícia acredita, teria sido usada no assassinato de Klebnikov. As investigações sobre o caso estão sendo conduzidas pela promotoria federal da Rússia; os promotores criticam a polícia de Moscou por liberar informações sobre os suspeitos, já que elas poderiam que poderiam comprometê-las.
De acordo com a organização Repórteres Sem Fronteiras, o jornalismo é uma profissão perigosa na Rússia, onde 21 repórteres foram mortos desde 2000. Klebnikov foi o primeiro jornalista estrangeiro na Rússia a ser vítima do que parece ser um assassinato encomendado. Informações de Peter Finn [The Washington Post, 29/9/04].