A divulgação na internet de imagens de execuções de reféns por grupos terroristas islâmicos tem gerado polêmica sobre se a imprensa deve repercutir esse tipo de ação, aponta matéria da Reuters [14/9/04]. Os terroristas querem publicidade. Portanto, ao divulgar seus crimes, a mídia está fazendo o que eles querem e, talvez, estimulando novos seqüestros. Por outro lado, a violência não pode ser simplesmente ignorada pelos meios de comunicação. Seria certo censurá-la? ‘Distribuir uma fita baseada no brutal sacrifício de um ser humano é ser mais que irresponsável’, escreve Richard Eisendorf, presidente da International Media, Development, Peacebuilding Consulting, de Washington, num jornal libanês. Um jornalista francês libertado este ano no Iraque conta que seus captores ficaram perplexos quando viram que o seqüestro não apareceria na televisão. Para o diretor do Oxford Internet Institute, William Dutton, não há como bloquear as informações da internet, sejam boas ou ruins. Segundo ele, os terroristas ‘podem ganhar visibilidade, mas estão dando um tiro no próprio pé’. ‘As pessoas vêem seus modos brutais e a maldade do que está sendo feito’, conclui.
Para França, reféns estão vivos
A ministra da defesa da França, Michele Alliot-Marie, disse ter informações sobre o destino dos dois jornalistas franceses mantidos reféns há quase um mês no Iraque. Segundo Alliot-Marie, as informações levam a crer que Christian Chesnot e Georges Malbrunot estejam vivos, apesar de não apresentarem provas concretas. Líderes religiosos do Iraque afirmaram que os esforços para a libertação dos franceses estão sendo dificultados pelas operações de segurança lideradas pelas forças americanas. Informações da BBC [17/9/04].