A Thomson Reuters anunciou, na terça-feira (29/10), o corte de três mil cargos, a grande maioria em sua unidade de serviços financeiros, que vende terminais de dados e presta outros serviços de análise de risco para corretoras e bancos de investimento. Em um memorando aos funcionários, o CEO da empresa, James Smith, elogiou os resultados do trimestre, mas disse que é preciso continuar a reduzir custos para manter a saúde financeira do grupo. A Thomson Reuters reportou lucro de 48 centavos de dólar por ação no terceiro trimestre, batendo as previsões do mercado financeiro em 4 centavos.
Smith comemorou o faturamento líquido da unidade financeira logo antes de dar a má notícia das demissões. Segundo ele, a empresa concentrará seus esforços no apoio às operações nos mercados que apresentam maior potencial de crescimento.
Fazer mais com menos
O novo anúncio de cortes é somado à eliminação de mil postos de trabalho no início do ano. Entre a saída de funcionários e a venda de bens, a Thomson Reuters deve encolher 9% (o equivalente a 5.500 pessoas) em 2013. “Todo mundo está tentando fazer mais com menos. Eu não acho que a pressão sobre os custos e para mantê-los sob controle vai diminuir. Dito isso, o que eu espero é que esta estratégia nos dê um caminho mais previsível no futuro”, completou Smith.
A Thomson Reuters nasceu em 2008, fruto da fusão da agência de notícias britânica Reuters com o grupo canadense Thomson Corporation. O braço de informações financeiras da Reuters já sofria com a competição de agências como a Bloomberg antes da crise econômica daquele ano, que atingiu seus maiores clientes – os que sobreviveram foram obrigados a cortar custos e eliminar milhares de empregos.
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