Por enquanto é apenas um teste. Os jornais do grupo Tribune, entre eles o Chicago Tribune e o Los Angeles Times, passarão a próxima semana usando o mínimo possível do conteúdo fornecido pela Associated Press. O objetivo é descobrir se é viável que a empresa, que declarou falência em dezembro, corte seus laços com a agência de notícias.
O Tribune busca maneiras de diminuir custos e, em outubro de 2008, avisou à AP que poderia deixar o serviço. A agência requer um aviso de desligamento com dois anos de antecedência. Emissoras de TV e sites dos jornais pertencentes ao grupo não farão parte deste primeiro teste. ‘Mas a empresa quer ver que tipo de vácuo a ausência das fotos e matérias da AP irá gerar’, escreveu o Chicago Tribune. Hoje, algumas informações fornecidas pela AP, como os resultados de esportes, são vitais para o Tribune.
Diversas editoras já haviam reclamado da mudança na estrutura dos pacotes de notícias da agência e do aumento dos preços. Em seu encontro anual em abril, a AP chegou a informar que 180 jornais – 14% dos seus membros – haviam ameaçado deixar o serviço, em especial por conta dos custos.
Com a medida, jornais do grupo terão que contar com a própria equipe ou com fontes como AFP, Bloomberg, Cable News Network, Global Post e Reuters. Em declaração, a AP disse ‘apreciar e entender que jornais estejam buscando por maneiras de enfrentar os difíceis tempos na economia’. ‘Ao mesmo tempo, continuamos a trabalhar com nossos jornais-membros para garantir que a AP, referência em notícias de última hora, permaneça de interesse vital para eles e seus leitores’, afirmou o porta-voz Paul Colford. Informações da AFP [3/11/09].