A edição européia do Wall Street Journal retirou o patrocínio ao Torneio de Tênis de Dubai, na semana passada, depois que os Emirados Árabes Unidos negaram visto à tenista israelense Shahar Peer. Em declaração, o jornal afirmou que tem por filosofia dar apoio a ‘mercados livres e pessoas livres’, e que a decisão do país viola esta filosofia.
O campeonato de Dubai é um dos eventos mais importantes da WTA, organização responsável pelo circuito feminino de tênis, mas gerou polêmica na edição deste ano por barrar a entrada da atleta israelense. Como a maioria dos países árabes, os Emirados Árabes Unidos não têm laços diplomáticos com o estado Judeu e rotineiramente negam visto a cidadãos israelenses.
Conflito
Os organizadores do torneio apoiaram a decisão do governo, alegando que fãs locais do esporte boicotariam os jogos se Shahar fosse autorizada a competir – por conta do recente conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, que deixou mais de 1.300 palestinos mortos. Curiosamente, o governo concedeu ‘permissão especial’ ao tenista israelense Andy Ram.
Um porta-voz do Wall Street Journal se recusou a informar quanto dinheiro o jornal planejava investir no torneio. A Dow Jones & Co, companhia proprietária da publicação, foi comprada em 2007 pelo News Corp, conglomerado de mídia do magnata Rupert Murdoch. Com informações de Robert MacMillan [Reuters, 17/2/09].