O governo do Zimbábue, conhecidamente repressivo, aumentou as taxas impostas a jornalistas que queiram trabalhar para companhias de mídia estrangeiras. A maior parte dos jornalistas estrangeiros no país tem sua permissão de trabalho negada, mas ainda há agências de notícias e outras companhias que mantém escritórios em cidades zimbabuanas. Agora, estas companhias deverão pagar US$ 10 mil para pedir permissão de trabalho, US$ 20 mil para receber a permissão e US$ 4 mil por cada jornalista. Segundo advogados especializados em direitos humanos, as taxas são uma tentativa de punir os correspondentes vistos como críticos ao governo do presidente Robert Mugabe e de impedir que outros reportem no país, devastado economicamente. Informações de Celia W. Dugger [The New York Times, 10/1/09].
Milhares participam de funeral de editor no Sri Lanka
Cerca de 10 mil pessoas compareceram ao funeral do jornalista Lasantha Wickramatunga, assassinado a tiros na semana passada, em Colombo, capital do Sri Lanka. Wickramatunga, que editava o jornal Sunday Leader, era crítico ferrenho do governo. O jornalista foi morto na quinta-feira (8/1), quando seguia de carro para o trabalho. Ele chegou a ser levado para o hospital e passou por uma cirurgia, mas morreu devido aos ferimentos na cabeça. Ele já havia recebido várias ameaças de morte em sua carreira, e foi preso mais de uma vez por conta da natureza controversa de suas matérias. O Sunday Leader é altamente crítico às políticas do governo com relação à guerra com o grupo rebelde Tigres Tâmeis, que luta por independência. Segundo a Anistia Internacional, pelo menos 10 profissionais de mídia foram mortos no Sri Lanka desde 2006. Informações da BBC News [12/1/09].