O escritório de advocacia Robbins Geller coordena uma ação coletiva contra o Facebook, seu fundador, Mark Zuckerberg, e agentes responsáveis pela Oferta Pública Inicial de Ações (IPO, na sigla em inglês) da rede social, como os bancos Goldman Sachs, Barclays Capital e Morgan Stanley, por terem enganado investidores sobre o verdadeiro estado do negócio e informado a apenas alguns clientes privilegiados sobre os reais prospectos dos papéis da empresa. Nos três primeiros dias de negociação na bolsa, as ações do Facebook registraram queda.
Além da ação, reguladores americanos anunciaram que investigarão o processo de IPO do Facebook – e espera-se que mais ações sejam abertas. O Robbins Geller – que ganhou um acordo de US$ 7 bilhões (em torno de R$ 14 bilhões) para os acionistas da Enron – alega que os bancos não divulgaram a projeção correta de crescimento da receita da rede social durante o IPO, prejudicando acionistas minoritários. Ao mesmo tempo, executivos dos bancos e do Facebook haviam se encontrado com analistas e potenciais investidores para conversas particulares.
O Facebook já havia retificado sua descrição de fundo acionário (conhecida como S-1) para alertar que seus usuários estavam cada vez mais usando aparelhos móveis e que a empresa ainda lucra pouco com eles. Em declaração, o Morgan Stanley disse que seguiu os mesmos procedimentos de todos os IPOs, conforme as regulações aplicáveis. “Depois que o Facebook divulgou o S-1 revisado, dando mais informações sobre as tendências do negócios, uma cópia da alteração foi enviada para todos os investidores do Morgan Stantley e a alteração foi divulgada pela imprensa”, alegou o banco. Informações de Dominic Rushe [The Guardian, 23/5/12].