Atletas da tecnologia entraram em ação um ano antes do início da paraolimpíada do Rio de Janeiro buscando um recorde diferente: produzir de forma colaborativa infografias para ajudar na divulgação e acompanhamento do evento em setembro de 2016.
O hackaton, maratona tecnológica, é uma iniciativa do grupo Chicas Poderosas, um movimento criado pela brasileira portuguesa Mariana Santos e patrocinado por organizações internacionais como a Open Society Foundation, United Airlines, ICFJ e Google.
Tem ainda o apoio de organizações jornalísticas como ProPublica, jornais como The Guardian e The New York Times, bem como instituições norte-americanas com as universidades Columbia e Stanford.
As Chicas Poderosas buscam incentivar uma maior participação e visibilidade das mulheres na produção de softwares e aplicativos, desenvolvimento de novos formatos de narrativas digitais e incentivo ao jornalismo com base em dados.
O grupo existe desde 2013 e concentra suas atividades em países latino-americanos, tendo já realizado hackatons em seis países do continente. Apesar de voltado especificamente para mulheres, o movimento não exclui a participação de homens nas maratonas tecnológicas.
Para Adriana Garcia, diretora de Comunicações do Comitê Rio 2016, cofundadora do grupo Orbital Mídia, “os hackathons são uma oportunidade de trabalhar algumas das competências mais importantes para ter sucesso no mundo digital. Trabalhar colaborativamente, juntando profissionais de áreas diferentes, como jornalistas, designers e programadores; aprender a lidar com a pressão de prazos e ter uma visão global sobre como colocar um produto de pé. Sem essas habilidades e a capacidade de aprender rapidamente com os erros e superá-los, será muito difícil ter sucesso, sendo jovem ou não, no mundo da mídia digital”.