Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Mercado de carbono e as oportunidades para jornalistas

O que é o Protocolo de Kyoto? Como funciona o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)? Biodiesel, álcool, reflorestamento, plantio direto: quais são as vantagens do Brasil neste mercado?

Estas e outras questões serão abordadas por cientistas e especialistas no 1º Seminário Agropauta de Jornalismo, iniciativa do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (ProJor), TodaMídia Projetos de Comunicação e Casa Editorial Medrano, com o patrocínio da Única, Valtra do Brasil e BM&F, e apoio deste Observatório. O AgroPauta é um site desenvolvido pelo ProJor para promover o jornalismo do agronegócio

O seminário ocorrerá na segunda-feira, 4 de julho, a partir das 8h30, no auditório da BM&F, em São Paulo (SP). É voltado para jornalistas das áreas de agronegócio, economia, ambiente e política. As vagas são limitadas.

Participam Roberto Rodrigues, ministro da Agricultura; José Goldemberg, secretário do Meio Ambiente de São Paulo; Eduardo Carvalho, presidente da Única; e os professor Luiz Gylvan Meira Filho e Miguel Dadbdob, da Universidade de São Paulo, entre outros.

Reduzir a poluição

Desde fevereiro está em vigor o Protocolo de Kyoto, tratado internacional que objetiva a redução das emissões de dióxido de carbono e de outros gases causadores do aquecimento global. O tratado foi assinado por 194 países, responsáveis por pelo menos 55% das emissões globais de poluentes no ano de 1990. Os EUA, que respondem pela emissão de mais de 36% dos gases do mundo, não aderiram ao protocolo.

O tratado cria mecanismos que permitem aos países trocar a redução das emissões de gases por investimentos em florestas, lavouras e projetos ambientais, capazes de absorver o dióxido de carbono na mesma proporção das emissões que não forem reduzidas. Também podem financiar projetos de geração de energia renovável, ganhando o direito de poluir na mesma medida da poluição que será evitada com a energia alternativa

Este mecanismo, denominado MDL, gerou o mercado mundial de carbono, que opera atualmente de forma experimental com sete fundos bancados por governos e iniciativa privada e administrados pelo Banco Mundial. Os fundos dispõem de 700 milhões de dólares para investir em projetos de geração de créditos de carbono, principalmente dentro do MDL. Estima-se que já tenham sido negociados 500 milhões de toneladas de carbono desde 1996.

O Brasil tem vários projetos de MDL em implementação, principalmente nos setores de açúcar e álcool e aterros sanitários. Com a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, o mercado de carbono deve decolar.

A utilização de fontes renováveis para geração de energia é uma das vantagens competitivas do Brasil em relação aos outros países.

O ano mais quente da Terra

Em dezembro de 2004, em Buenos Aires, na Argentina, a Organização Meteorológica Mundial apresentou trabalhos preocupantes. Segundo a entidade, 2004 foi o ano mais quente na Terra desde o início da medição, em 1961. A temperatura subiu cerca de 0,6°C no século 20. E a previsão é de que o crescimento no século corrente alcance dois graus. As conseqüências são terríveis: seca na África, furacões no Caribe, enchentes no Nordeste do Brasil, estiagem na China.

Na conferência de Buenos Aires, o Brasil apresentou seu balanço de emissão de gases poluentes no período 1990-1994. A situação do país é considerada boa, uma vez que a metade da matriz energética nacional vem de fonte renováveis. Questiona-se, porém, a expansão do desmatamento da Floresta Amazônica. De 1992 a 2002, a região perdeu 230 mil quilômetros quadrados de vegetação.

Onde saber mais

1º Seminário Agropauta de Jornalismo – 4 de julho de 2005, das 8h30 às 14h30, Auditório da Bolsa de Mercadorias & Futuros, BM&F, Praça Antonio Prado, 48, São Paulo (SP).

Informações pelo tel. (11) 3031-7717.

Inscrições pelo e-mail (agropautabmf@hotmail.com)